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segunda-feira, 29 de abril de 2019

Viagem a Malta

De 21 a 28 de abril



A  República de Malta consiste em três ilhas: Malta, Gozo e Comino (com apenas 3km). Servem regularmente de cenário a filmes (Gladiador, O Código Da Vinci, Guerra dos Tronos, Tróia, o Conde de Monte Cristo, por exemplo).





Queria visitar este país, há bastante tempo. A leitura do romance de Helena Marques, passado na ilha, deu-me vontade de a conhecer, mas fomos sempre adiando por um motivo ou outro, que muitas vezes se prendia com o facto de não haver voos diretos de Lisboa. 




E o mítico Falcão de Malta de Hammett? Gostei muito de lê-lo, há anos.

Quando o imperador Carlos V do Sacro Império Romano-Germânico concedeu as ilhas maltesas aos Cavaleiros Hospitalários pediu em troca uma renda: um falcão todos os anos treinado para a falcoaria no reino de Espanha.



Malta tem três sítios inscritos no Património Mundial da Unesco: o centro histórico de La Valetta, os Monumentos Megalíticos (Hagar Qim, Mnajdra e Tarxien) e o Hipogeu.










Ao longo da história, a localização deste arquipélago atribuiu-lhe grande importância estratégica. 

Apesar das múltiplas e variadas influências, desde a Antiguidade, de Fenícios, Cartaginenses, Romanos, Bizantinos e Árabes (que deixaram uma importante marca na língua falada), o legado da Ordem de Malta foi determinante na sua história (o nome completo oficial é Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta; também conhecida como Cavaleiros Hospitalários ou Ordem de Malta - uma ordem religiosa e militar, fundada no final do século XI e parte da Igreja Católica, expulsa, no século XVI, de Rodes pelo Império Otomano).













Os Cavaleiros governaram Malta de 1530, ano em que o arquipélago lhes foi cedido pelo Imperador Carlos V, até  1798, quando  Napoleão Bonaparte invadiu e tomou Malta (este general francês teria pedido aos Cavaleiros um porto-salvo para reabastecer a respetiva esquadra, na sua expedição para o Egito e, uma vez em segurança no porto, atacou os anfitriões).




Interessante referir que o Grão Mestre, que solicitou a Carlos V uma nova sede para os Hospitalários, Philippe de Villiers de l'Isle-Adam, foi o representante do Rei de Portugal D. João III no baptizado do seu sobrinho, Emanuel Filiberto, filho da irmã D. Beatriz e de  Carlos II, Duque de Sabóia. Aliás, Carlos V (Carlos I de Espanha) era seu cunhado, pois casara com a irmã mais velha (Isabel de Portugal) daquela Infanta de Portugal e Duquesa de Sabóia.

A  presença  dos Cavaleiros contribuiu de maneira determinante para a criação de um notável património histórico, o qual  podemos admirar, hoje em dia, em Malta na  arquitetura civil, religiosa e militar.

Em 1800, os ingleses, respondendo a um pedido de ajuda dos malteses cercaram as ilhas e expulsaram os franceses. Em 1814, Malta tornou-se uma colónia britânica e assim se manteve até 1964, quando se tornou independente. Mantém-se a regra de conduzir pela esquerda, além do inglês ser língua oficial a par do maltês.

Em 1943, Jorge VI de Inglaterra. concedeu a Cruz de S. Jorge, "à ilha fortaleza de Malta" para reconhecer os atos de excepcional bravura da população, que foi uma das mais atingidas pelos bombardeamentos da II Guerra Mundial.

Está representada na bandeira nacional de Malta



Pintura por cima de uma das portas no átrio do 1º andar do Palazzo Parísio sobre o
 Naufrágio de S. Paulo

Malta tem uma longa tradição cristã. São Paulo naufragou e chegou à costa maltesa, onde pregou e converteu alguns dos seus habitantes.
Possui cerca de 360 igrejas, praticamente uma por cada dia do ano.




Achei interessante que muitas possuem dois relógios. O do lado direito representa as horas reais e o da esquerda uma qualquer hora aleatória para confundir o diabo se vier à terra.






Cruz de Malta em filigrana                                                                    Moeda de 1 Euro                                                    
A Cruz de Malta foi oficialmente adotada pelos Cavaleiros Hospitalários de S. João em 1126. As suas oito pontas simbolizam as oito obrigações dos cavaleiros: viver na verdade, ter fé, arrepender-se dos pecados, dar prova de humildade, amar a justiça, ser misericordioso, ser sincero e incondicional, suportar a perseguição.

Mais tarde, os oito pontos, passaram a representar também as oito línguas dos nobres admitidos na irmandade: Língua da Provença; Língua de Auvérnia; Língua da França; Língua de Inglaterra, Escócia e Irlanda; Língua de Itália; Língua de Aragão, Catalunha e Navarra; Língua da Alemanha; Língua de Portugal, Castela e Leão.
Cada uma das línguas ou divisões dos Cavaleiros construiu um auberge (albergue), como sede ou centro social.

O Título de Grão-Mestre é o mais alto grau desta ordem. É normalmente vitalício e goza de regalias de Chefe de Estado.

Grão-Mestres Portugueses


D. Afonso de Portugal, filho ilegítimo de Afonso Henriques, foi o 11.º Grão-Mestre da Ordem dos Hospitalários, no ano de 1194. 

Luís Mendes de Vasconcelos foi o 55.º Grão-Mestre da Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta, de 1622 até a sua morte, no ano seguinte. Antes de assumir o cargo de Grão- Mestre da Ordem teve uma longa carreira militar e política ao serviço da coroa portuguesa e no Mediterrâneo infligiu pesadas derrotas aos otomanos em batalhas navais.
Foi sepultado na cripta da Igreja de S. João, em La Valleta, Malta.



António Manoel de Vilhena foi o 66.º Grão-Mestre Soberano da Ordem dos Hospitalários, tendo governado a ilha de Malta,  de 1722 até à sua morte em 1736.

Este retrato encontra-se na sacristia da igreja do Naufrágio de São Paulo

Foi um dos mais célebres Grão-Mestres, sendo juntamente com Pinto da Fonseca o maior responsável pelo esplendor da Ordem, no século XVIII. O seu governo foi um dos mais prósperos, tanto no poderio militar alcançado pela sua armada, como na promoção da ciência e das artes, inaugurando um período de grandes construções monumentais. Mostrou-se também um Grão-Mestre muito escrupuloso e terá sido um dos poucos respeitados e amados pela população com um governo preocupado com as condições sociais, em especial sanitárias.  Mandou construir o teatro, que mantém, ainda hoje em dia, o seu nome (Teatro Manoel) em 1731. Modernizou as fortificações da ilha,  nomeadamente ao mandar erigir o forte Manoel em forma de estrela, na ilhota que é conhecida por ilha Manoel. Remodelou a entrada de Medina e fundou a cidade de Floriana, vizinha de Malta.

Manuel Pinto da Fonseca foi o 68.º Grão-Mestre da Ordem dos Hospitalários, de 1741 até 1773. Durante a sua administração, criou muitos inimigos devido à sua forma absolutista de reinar. No entanto, lançou grandes obras, restaurando palácios, monumentos e edifícios públicos e completou o auberge de Castela, uma das construções mais importantes da capital, que tinha sido iniciada em 1574 pelo Grão-Mestre Jean de la Cassière. O seu busto encontra-se por cima da porta principal. Fundou a Universidade.

                                                   
 Aguarela de Edwin Galea. La Valetta do cais de Sliema. 2018


La Valeta








Fonte de Tritão, à entrada da capital

















Palácio do Grão-Mestre  Foi dos primeiros edifícios a ser construído em La Valetta, após a retirada dos otomanos no Grande Cerco e sede da Ordem, durante quase 300 anos.  Foi modificado por diversos Grão-Mestres para lhes servir de residência. Hoje em dia é a Presidência da República.












De especial relevo são o Salão dos Embaixadores, onde decorrem as cerimónias das respectivas acreditações. Encontramos um belo friso a representar diversas cenas dos Cavaleiros em Rodes.


No Salão dos Escudeiros, ao lado, o friso com frescos representa diversos acontecimentos da Vida dos Cavaleiros, durante o Grande Cerco de 1565.

Os britânicos usaram o palácio como residência do governador. Até recentemente era onde se encontrava o Parlamento de Malta, que mudou para um edifício moderno junto à Porta da Cidade.




O Parlamento Maltês












(Não resisto a contar uma lenga-lenga que aprendi com a minha mãe, boa para adormecer, quando já não há imaginação para mais histórias: "Era uma vez um gato maltês que tocava piano e falava francês. Queres que te conte outra vez...?")


A ilha de Malta possui esta raça de cão chamada...Maltês. De gatos não ouvi falar...


 Auberge (albergue) de Castela, Leão e Portugal- Foi construído em meados do século XVI, mas remodelado e embelezado com uma magnífica fachada barroca, no século XVIII, pelo Grão-Mestre português Manuel Pinto da Fonseca. Hoje em dia, é onde está instalado o gabinete do primeiro-ministro.






O brasão do Grão-Mestre Pinto





Senti muito orgulho neste belíssimo edifício e admirei sempre a sua fachada, durante as quatro vezes que fui a La Valetta, nesta viagem




















Hospital Sagrado. Estas instalações médicas de ponta no final da Idade Média foram a verdadeira razão de ser dos Cavaleiros. Durante as Cruzadas na Terra Santa, os Cavaleiros tratavam os peregrinos com os seus habituais conhecimentos médicos. Quando chegaram a Malta deram seguimento a essa tradição. O hospital inaugurado em 1574 podia tratar cerca de 1000 doentes. Encerrou depois da Grande Guerra e ficou muito danificado na II Guerra Mundial. Depois de restaurado reabriu como centro de congressos.
















   Representação em miniatura de uma enfermaria.

















Museu Nacional de Arqueologia está instalado no antigo auberge de Provença, construído em 1571. Todos os achados transportáveis dos locais megalíticos de Malta estão aqui expostos com especial relevo para A Vénus de Malta e A Senhora Adormecida.



O antigo Museu de Belas Artes, estava situado na South Street, num palácio mandado construir no século XVIII pelo rico cavaleiro português Ramon de Sousa y Silva, o qual encomendou uma bela escadaria barroca em mármore, considerada a mais bonita de Malta.

foto da net










Instalações do antigo museu de Belas Artes.


O edifício alojou a Rainha Elizabeth II do Reino Unido e Winston Churchill  entre outras personalidades ilustres. Presentemente encontra-se em remodelação e o seu espólio está a mudar-se para o novo museu, MUZA, instalado no auberge de Itália.


Possui a maior coleção do artista italiano Mattia Preti (1613-1699) exposta em museu, mas a sala não está acabada, pelo que não se pode ainda visitar.

Antigo auberge de Itália, onde está instalado o museu de arte








No entanto, vi a única aguarela de William Turner (1775-1851) com vistas de Malta, uma preciosidade do museu.








Casa Rocca Piccola traça a história da nobreza local nos últimos quatro séculos em mais de cinquenta salas cheias de relíquias, exibindo mesmo o convite para a coroação de Isabel II, que viveu em Malta, durante dois anos, quando o marido prestava serviço na Marinha britânica e os bancos onde se sentaram.


Sala de Jantar da família Piro com serviço à americana feito de renda de Bilros de Malta.










Interessante relógio antigo e quadro com indumentária de senhora típico de Malta.









Igreja do Naufrágio de São Paulo. Este apóstolo é considerado o pai espiritual dos malteses, por isso a sua igreja é das mais importantes.



A estátua de madeira dourada de S. Paulo foi esculpida no século XVII e desfila pela cidade faça sol ou chuva, a 10 de fevereiro, dia festivo do Santo.











Em destaque, além do teto muito decorado, são as suas relíquias.


A Catedral de S. João é a igreja mais bonita e magnífica, que alguma vez visitei.


Quem vê a fachada austera não imagina o esplendor do interior. Quase durante 100 anos, a parte interna tinha essa mesma característica de austeridade, mantida, até hoje, no exterior. A primeira decisão de construir uma nova Igreja foi tomada após a vitória sobre os otomanos no grande cerco de Malta de 1565 e a subsequente decisão do Grão-Mestre Jean Parisot de Valette de mudar a capital da ilha para a atual localização; contudo, foi o seu sucessor Pietro del Monte que pôs em prática esse projeto, a partir de 1569. Assim, em 1572, a Grande Catedral de S. João Baptista em La Vallette começou a ser erigida, conforme o plano do arquitecto militar maltês Gerolamo Cassar e, em 1577, os trabalhos estavam terminados, já sob o Grão-Mestre La Cassière. O principal material de construção é a pedra calcária da ilha.





A partir de meados do século XVII, devido à influência da arte barroca, foi sendo cada vez mais embelezada com quadros, frescos e mármores de grande beleza. Essa riqueza decorativa iniciou-se principalmente com a intervenção do pintor Mattia Pretti (1613-1669) narrando, em frescos (utilizando técnica a óleo) monumentais, os principais episódios da vida de S. João Baptista.






A importância de dois Grão-Mestres portugueses (Manoel de Vilhena e Manoel Pinto da Fonseca) está bem visível nos seus túmulos da riquíssima Capela do Auberge de Castela, onde, aliás, está talhado também o tradicional escudo português.




Impossível em poucas palavras descrever os muitos detalhes das decorações da Catedral. Destaque-se ainda o quadro (1608) de Caravaggio, A Decapitação de S. João, que domina a decoração do oratório. E, por último, apenas a menção da beleza espetacularmente colorida do piso de toda a Igreja, composto pelo intrincado conjunto das pedras tumulares dos cavaleiros mais notáveis ali enterrados, até ao início do século XIX.




Igreja de Nossa Senhora das Vitórias - Foi o primeiro local de oração construído em La Valetta, fundada pelo grão-mestre Jean Parisot de Valette para comemorar o triunfo dos Cavaleiros sobre os otomanos. O interior está a ser remodelado.













Fica em frente da igualmente bonita igreja de S. Catarina, que fazia parte do auberge de Itália.





O horizonte de La Valetta está marcado por duas igrejas: a das Carmelitas com a sua enorme abóboda e a catedral anglicana de São Paulo com a sua torre em espiral.



A original chave do meu quarto...






























Teatro Manoel- É um dos mais antigos da Europa a funcionar continuamente.







 Café Cordina . Um café que vai constar na lista de cafés emblemáticos, apesar de não ter o encanto dos de Budapeste.







Fortificações- as muralhas pouco se alteraram, desde os finais século XVI e início do XVII. Permanece na quase totalidade a herança arquitetónica dos Hospitalários. A melhor forma de as apreciar é de Sliema ou das Três Cidades.




Jardins Superiores Barrakka. Situados nos baluartes superiores das muralhas da cidade oferecem vistas fantásticas sobre o Porto Grande e as Três Cidades. Às 12 e 16 horas,  há um disparo de Canhão da Bateria de Saudação, tradição muito antiga para que  os cronógrafos dos navios fossem sincronizados. Faziam parte dos jardins privados do auberge italiano.













Floriana. Quando La Valeta ficou sobrepovoada a cidade expandiu-se para Floriana, com uma importante linha de defesa do lado de terra. O Hotel Phoenicia foi construído nos anos 30 em estilo art deco com a típica pedra calcária de Malta e inaugurado após a guerra, em 1947 (em 1942 sofreu muitos danos com um bombardeamento aéreo)






 As Três Cidades



Birgu/Vittoriosa. O forte de S. Angelo foi o quartel-general dos Cavaleiros, antes de fundarem La Valetta, em 1566. As suas muralhas sustiveram o Grande Cerco dos otomanos (em 1565 os otomanos tentaram tomar a ilha, após um cerco de dois meses, mas foram repelidos, motivo pelo qual a cidade foi  batizada de Vittoriosa).









 É aqui que se encontra o Palácio do Inquisidor, onde a inquisição permaneceu até 1798.

Na mesma rua encontrámos o consulado honorário de Portugal









As outras cidades vizinhas não visitei (Senglea e Conspicua)


Mdina


A porta principal de entrada em Mdina




Brasão do Grão Mestre português  Manuel de Vilhena

Há mais duas portas, embora menos importantes

Mdina foi a capital de Malta, antes da chegada dos Cavaleiros, os quais acharam que a cidade estava demasiado distante da costa e por isso instalaram-se em Birgu/Vittoriosa.









É uma cidade murada situada no alto de uma colina. Tem um grande encanto e não se deve perder a oportunidade de a visitar.



Catedral barroca de S. Paulo e museu











Palazzo Falson (casa Normanda) é dos edificios mais antigos de Mdina.










Palazzo Vilhena (hoje em dia é o Museu de História Natural de Malta) foi reconstruído em 1726 pelo Grão-Mestre português Antonio Manoel de Vilhena. Exemplo do barroco francês.




Rabat

É a cidade vizinha de Mdina. Foi a localização de Melita, a capital romana.





Gruta de S. Paulo, onde o Santo se terá refugiado











Catacumbas de São Paulo. Já estava tão cansada, que só desci ao primeiro patamar.













Domus Romana


As únicas ruínas romanas em Melita, que chegaram aos nossos dias.















Mosta




A cidade de Mosta é conhecida por causa da sua Igreja dedicada à Nossa Senhora da Assunção. No dia 15 de agosto, há uma grande procissão e a imagem sai em andor.









Vista do interior de cima, da rotunda.





O que é realmente fantástico acerca desta igreja é ter sido bombardeada na II Guerra Mundial. Estavam 300 pessoas na igreja a rezar. A bomba entrou pela abóboda em diagonal. Caiu e deslizou para o lado oposto e para espanto das pessoas não explodiu. Na sacristia está exposta uma réplica da bomba. Fiquei surpreendida com o seu tamanho.




Naxxar

A origem do nome desta cidade tem  várias interpretações, mas os locais desconhecem. Dizem apenas que se trata do nome de uma localidade.  No entanto, na minha preparação para a viagem li que pode significar "conversão ao cristianismo" ou simplesmente  "pendurar a roupa a secar" e vem da lenda de que São Paulo encontrou aqui algumas pessoas, após o seu naufrágio, que o trataram e lhe secaram as roupas.


Palazzo Parisio, foi originalmente construído pelo Grão-Mestre português Manuel de Vilhena, em 1773 para servir de pavilhão de caça. Em 1898, foi comprado e embelezado pelo Marquês Giuseppe Scicluna. Gostei imenso de visitar este palácio. As explicações são detalhadas e os visitantes podem percorrer à vontade todas as divisões, dispondo também de um bonito jardim com uma agradável esplanada, onde se pode almoçar ou apenas tomar uma bebida. E ainda dispõe de uma simpática boutique, na qual comprei uma blusa. Há outro palácio com o mesmo nome em La Valletta, pertencia à mesma família, mas, hoje em dia, é onde funciona o Ministério dos Negócios Estrangeiros e, portanto, não está aberto a visitas.







As bonitas paredes, ao contrário do que acontecia na época, não são cobertas de tecidos adamascados, mas sim pintadas, provocando, porém, o mesmo efeito.




O salão de baile com muita ostentação fez-me imaginar num baile.













As tartarugas no lago teriam feito as delicias do meu neto mais velho.

Os Templos de Tarxien


















O Hipogeu fica perto, mas é necessário fazer marcação, pelo que não o podemos visitar.






Lagoa Azul -Blue Lagoon (ilha de Comino)




Esta é uma atração turistica. Fizemos um pequeno cruzeiro a partir de Sliema que nos levou à ilha de Gozo e no regresso passámos por Comino.










O mar estava muito revolto e não foi um prazer esta viagem de barco, que durou 1.30h para ambos os lados. Por isso desistimos de visitar a Gruta Azul -Blue Grotto ( no sul de Malta).












O forte de Santa Maria, ou a Torre de Comino, na ilha de Comino, que se vê ao longe, foi o cenário do filme O Conde de Montecristo.


Infelizmente a Janela Azul- Azure Window (ilha de Gozo), uma das principais atracções turísticas de Malta. já não existe. Num temporal, em março de 2017, desmoronou-se.
(foto da net)





PS: A preparação desta viagem durou quase o mesmo do que a própria visita. Consultei livros, artigos e fiz ligações para este post, que deverão ser abertas para mais informações. Espero que suscite interesse para visitar Malta, uma ilha com um passado muito interessante.


Referências:

City Pack: Malta e Gozo. Porto Editora. 2016

The Grand Masters of Malta. Heritage Books 2000

Malta, Gozo & Comino. BDL Publishing. 2016

Mdina. A picture guide book. Kuluri. 2016

Thomas Freller e outro. Malta The Order of Saint John. Midsea Books 2010

Cynthia de Giorgio. The Conventual Church of the Knights of Malta. Midsea Books 2016

https://www.voltaaomundo.pt/2018/11/16/malta-viagem-a-uma-ilha-cheia-de-historias-5/ consultado em 14/4/ 2019