domingo, 30 de junho de 2024

RIP, Manuel Cargaleiro (1927-2024)





Morreu hoje o Mestre Manuel Cargaleiro aos 97 anos.

As fotografias foram tiradas no Museu Cargaleiro em 2014.


Taça Ravello de  Cargaleiro. Natal 2020


 

quarta-feira, 26 de junho de 2024

Portland em 2000








Em Portland, Maine, em julho de 2000


Fotografia com um pedaço do Muro de Berlim





Recordo-me que gostei de visitar o Museu de Arte de Portland, onde vi pela primeira vez um trabalho de


Newell Convers Wyeth (United States, 1882–1945), Dark Harbor Fishermen, 1943

E até comprei o poster para o nosso "family room", que estava muito vazio.

Hoje, coloquei-o na minha casa de banho...


Nota: Por lapso publiquei hoje um post sobre o Dia dos Avós, o qual só se celebra no próximo mês. Retirei-o .

Citação 6

 

"A posição antibiográfica viria a rigidificar-se durante os anos 1960, quando confrontada com o marxismo, corrente que defendia não ser a obra mais do que o produto de um determinado momento. Posteriormente, apareceram outras escolas - o estruturalismo, o pós-modernismo, a semiótica- demasiado esotéricas para que delas possa, ou queira, falar. A obra literária passou a ser olhada como um texto sagrado e a critica como uma hermenèutica. Os livros inseridos nesta corrente pareceram-me uma espécie de tratados de silvicultura redigidos por quem não é capaz de admirar a beleza de uma árvore"

Maria Filomena Mónica pag 11



sábado, 22 de junho de 2024

O nosso mapa de viagens 2024



Na nossa recente viagem ao Uzbequistão as guias perguntaram quantos países tinhamos visitado  e não nos recordavamos do número. Para a guia, mais de 50 é considerado um número elevado. O meu marido tem a vantagem de conhecer o Brasil, Cabo Verde, Sérvia, Jordânia e Iraque, mas não conhece as ilhas Canárias, que eu já visitei...


 

Natação no Jamor

 



Hoje houve nas piscinas do Jamor uma exibição das aulas dos mais pequenos. As minhas netas participaram e na assistência tiveram os pais, avós e ....


 
o mano Pedro, que fez esta semana 1 mês.
Em janeiro vai começar as aulas para aprender a nadar...


sexta-feira, 21 de junho de 2024

Poema de Eugénio de Andrade



Hoje foi dia de festa na escola da minha neta para assinalar o fim do ano letivo. No próximo ano já vai para o 1º ano. Entre as canções, danças e declamações, gostei muito do Mr Sun e de ver a minha neta de microfone na mão a declamar o poema de Eugénio de Andrade:
 


Canção de Leonoreta



Borboleta, borboleta,

flor do ar,

onde vais, que me não levas?

Onde vais tu Leonoreta?



Vou ao rio e tenho pressa,

não te ponhas no caminho.

Vou ver o jacarandá,

que já deve estar florido.



Leonoreta, Leonoreta,

que me não levas contigo.




 
Muitos Parabéns, B!

Uzbequistão: Uma Experiência Memorável

 



Chegámos há três dias de uma viagem ao Uzbequistão na Ásia Central, onde nunca tínhamos estado. 


Distância muito grande de Lisboa. Viajámos com a minha prima e o marido, que se revelaram bons companheiros de aventura. Foram dez dias memoráveis, mas estamos ainda muito cansados, pelas longas horas de avião e tempo de espera no aeroporto de Istanbul. 


O meu filho, que já conhece bem o país sempre mencionou a diversidade étnica e cultural do seu povo, sublinhando, contudo, a sua grande hospitalidade e a comida saborosa. Comprovámos essa apreciação geral. Assim, apreciámos o prato tradicional de arroz chamado plov, cuja confeção varia consoante a região e que me pareceu a receita típica mais saborosa. Em Quiva experimentei a versão vegetariana, que não sendo tão boa como a de cordeiro, também gostei.


Outro prato tipico também apetitoso são somsa, que aparecem publicitados em muitos locais à semelhança dos manti (dumplings).

Os dez dias memoráveis que passámos no Uzbequistão devem-se ao cuidado e eficiência da agència de viagens local (Advantour), já utilizada pelo meu filho, o qual serviu de intermediário na preparação da visita. Revelaram-se de grande qualidade pela sua simpatia e disponibilidade os funcionários daquela empresa turística destacados para nos acompanharem. Os quatro guias demonstraram sempre estar bem preparados e excelente a de Samarcanda; competentes e atenciosos igualmente os dois motoristas, em especial aquele que nos conduziu na maior parte do percurso, de Samarcanda a Quiva. As ligações de comboio (muito moderno) e de avião funcionaram também de forma eficiente e pontual.

Os hotéis eram confortáveis, destacando-se o Wyndham da capital e o recente Paradise Plaza em Bucara. Apesar de não terem o exotismo do de Quiva nem se encontrarem em bairros históricos, como o de Samarcanda eram os mais funcionais, com elevador e no caso do primeiro com piscina, que me ajuda sempre a descontrair.


Os conhecimentos da guia de Samarcanda e o seu gosto em partilhá-los tornaram a visita à antiga capital de Tamerlão ainda mais interessante. Foi nessa cidade que vi o monumento que mais me impressionou nesta visita à Rota da Seda: o imponente mausoléu de Tamerlão do século XV.


Mausoléu de Gur Emir

O meu filho sugeriu que à chegada, no aeroporto, comprássemos um cartão esim para termos internet, mesmo quando não estávamos no hotel. Assim o fizemos e tivemos internet 24 horas por dia, durante 1 mês (apesar de utilizado apenas 10 dias) por uma módica quantia, que nos deu para pesquisar informação adicional e, sobretudo, estar em contacto com Lisboa. 


A Rota da Seda
 
Postagens sobre a Viagem ao Uzbequistão:

Planear férias: a escolha do local

Em Tasquente

Em Samarcanda

Em Bucara

Em Quiva

Último dia no Uzbequistão

segunda-feira, 17 de junho de 2024

Último dia no Uzbequistão



Regressámos à capital uzbeque depois de uma semana a viajar pelo país para conhecermos TasquenteSamarcanda, Bucara e Quiva.





Andámos de carro, comboio, Tik Tok e avião mas não de camelo.




Hoje passeámos sozinhos pela grande avenida de Timur, perto do nosso hotel sempre abrigados à sombra das muitas árvores, que ladeiam as avenidas. Vimos novamente a estátua de Tamerlão, porém não visitámos o seu museu por estar hoje, segunda-feira, fechado.


Muito tempo para descansar antes da partida de madrugada. 

No hotel Wyndham em Tashkent. 


O Sherzod,  amigo uzbeque do nosso filho, que conhecemos em St Andrews e em Portugal há 13 anos convidou-nos novamente para jantar. 

É muito bom manter amizades antigas. 

Desta vez não tivemos a companhia do filho, que já está em Portugal. 


Prenda do Sherzod



             Xayr, Toshkent

domingo, 16 de junho de 2024

Em Quiva




Quiva (Khiva) mantém vivas as lendas antigas sobre a rota da seda. Itchan Kala, uma cidade muralhada no seu interior, onde estava instalada a corte do canato, foi o primeiro sítio do Uzbequistão a ser classificado como Património Mundial, em 1991 e convida o visitante a entrar na história do seu passado, a era das caravanas que atravessavam o deserto e ligavam oriente e ocidente. 

Chegámos a Quiva de carro ao fim de 7 horas vindos de Bucara (de Samarcanda a Bucara são 4 horas) A estrada que atravessa o deserto de Quizilcum foi renovada há cerca de quatro anos e o percurso faz-se bem durante as primeiras cinco horas. Depois entramos numa estrada em mau estado.


O deserto é uma estepe. Ao longo do percurso há poucos postos de abastecimento, mas no principal até há para recarregar carros elétricos. Curioso é também o facto da polícia em alguns locais obrigar os carros a parar para o motorista descansar. 

Atravessámos uma ponte sobre o rio Amudária onde também circulam comboios e como só tem uma faixa tivemos que esperar que passassem primeiro os carros na direção contrária.

Entretanto a paisagem vai mudando e vêm-se terrenos agrícolas com arroz e algodão até às portas de Quiva. 





Ichan- Kala

A muralha de argila com 2 km de comprimento, 10 m de altura e 5-6 m de espessura que rodeia Ichan-Kala tem 4 entradas para o seu interior, contém cerca de 60 edificios históricos e vivem 300 famílias que se dedicam principalmente ao artesanato.


A entrada principal







A Madrassa de Mukhammad Amin Khan é a maior madrassa não só em Quiva, mas em toda a Ásia Central. Este edificio de dois andares foi construído no século XIX por um governante que deu o seu nome àquela escola. Era sua intenção construir o maior minarete do mundo, mas foi asassinado e o projeto ficou inacabado. O minarete mede apenas 29 metros em vez dos 70 m previstos, daí chamar-se Kalta-Minor (pequeno minarete) coberto com bonitos azulejos ainda muito brilhantes. Hoje em dia a escola é usada como hotel.



Mesquita Juma. É uma mesquita com uma arquitetura muito simples, porém já há registos dela no século X. Foi reconstruída no século XVIII. É o edifício mais antigo de Quiva. 


Kunya Ark (antiga residência). Muitos edifícios estão danificados. 


Aqui ficava a sala de receção de verão. A cadeira do trono,
 em prata, foi levada para Moscovo. 


Sala de receção de inverno. 


O Rei e o filho ao centro


O fogo para lembrar o Zoroatrismo,
 antigamente presente nesta região. 


Madrassa do século XVIII


Hoje em dia é onde está instalado o Museu dos Cientistas. 


Pátio
O Harém
Os típicos bonecos

O Palácio Toshkhovli (Palácio de Pedra) é ricamente decorado com pedra, madeira e azulejos. Tem cerca de 150 quartos e um harém. É aqui que o rei vivia com as suas quatro mulheres oficiais e as concubinas. Foi construído no século XIX.


Se as cúpulas azuis são uma constante na arquitetura em Samarcanda e também se encontram em Bucara, em Quiva só existe uma: no mausoléu de Makhmud Pakhlavan, um poeta famoso e guerreiro do século XIV.






O Minarete de Islom Khodja é o mais alto do Uzbequistão (44 m) e o simbolo de Quiva. Tem o nome do Primeiro Ministro do cã de Isfandiar.









Vista do terraço do restaurante onde jantámos.


Este camelo é verdadeiro, embora tivesse pensado que era uma estátua... 






Lavagem à mão e secagem de um tapete ( neste caso um Bucara) como vi tantas vezes na Turquia e lembrei-me da nossa Anife... 
A língua uzbeque também tem muitas palavras turcas...


Marcador de pão




Os dois hotéis em Quiva onde passamos uma noite e uma tarde antes de partirmos para Tasquente.  Era impossível passear mais com este calor... 

ADOREI QUIVA! 



O Museu de Arte de Nukus ainda fica a uma grande distância de carro e não o visitámos.

De Quiva fomos até Urgench, onde está situado o aeroporto, e partimos rumo à capital.


Nota: os quadros foram fotografados no hotel Zarafshon Boutique Hotel.