terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Charles Dickens


Charles Dickens nasceu em 7 de Fevereiro de 1812 em Portsmouth, Inglaterra. Hoje comemora-se o 200º aniversário do seu nascimento. Foi funcionário num escritório de advogados e depois jornalista. Nesta segunda atividade começou  como cronista judicial e, mais tarde, relatou os debates parlamentares, cobrindo ainda as campanhas eleitorais, pelo que percorreu de diligência a Grã-Bretanha. Sem qualquer dúvida as experiências destas profissões refletem-se nas suas obras e o facto de ter tomado conhecimento das contradições e misérias sociais deverão ter contribuído para ganhar uma sensibilidade e consciência das injustiças da sociedade do seu tempo. Charles Dickens viveu numa época de profundas transformações sócio-económicas devido à industrialização. As suas obras espelham as diferenças de classes, vícios e ganâncias, assim como a generosidade dos tempos vitorianos.  
  
Com pouco mais de vinte anos, o seu livro The Pickwick Papers, consagrou-o  como escritor. Também se estreou como ator em peças teatrais e fazia leituras das suas obras e discursos para fins de caridade.
Em 1836 casou com Catherine Hogarth, com quem teve 10 filhos.
Dickens viajou muito. Visitou a França, Bélgica, Estados Unidos e Canadá  e escreveu relatos das suas viagens. Travou amizade com muitos escritores contemporâneos.


 
Em 1838, surgiu  a sua obra Oliver Twist, na qual pela primeira vez  se apontava para os males sociais da era vitoriana. Na época foi muito criticado por não fazer um retrato psicológico aprofundado  das suas personagens a quem faltava alguma complexidade.









Em 1843, saiu o seu mais famoso livro de Natal, A Christmas Carol, do qual já se fizeram muitas versões cinematográficas e teatrais.
 


Em 1849 publicou aquele que viria a ser o mais popular dos seus romances, David Copperfield (inspirado, em grande parte, na sua própria vida) e, em 1854 Hard Times, outra obra igualmente muito famosa.
Em 1858 separou-se da mulher, mas continuou a sustentá-la até à morte desta.
 
A maior parte dos principais romances de Dickens saíram impressos, mensal ou semanalmente, por episódios em jornais. Eram depois reunidos em livros tal como os conhecemos atualmente. À semelhança das obras de muitos escritores da época a publicação em episódios separados tornava as histórias mais acessíveis, criando expetativa entre o público e constituíam uma forma de atrair leitores e aumentar a circulação dos jornais.
Morreu em junho de 1870. Foi sepultado no Poets' Corner em  Westminster Abbey. Na sua sepultura está gravado: "Apoiante dos pobres, dos que sofrem e dos oprimidos; e com a sua morte, um dos maiores escritores de Inglaterra desaparecia para o mundo."
O príncipe Charles e a mulher participaram nas homenagens relacionadas com o bicentenário de nascimento de Charles Dickens, o escritor mais popular e expressivo da Inglaterra vitoriana.

Charles e Camilla depositaram uma coroa de flores no túmulo do autor, no Canto dos Poetas da Abadia de Westminster, em Londres, onde se celebrou uma missa. Além de personalidades britânicas, a cerimónia também contou com descendentes do escritor.



Como parte das celebrações o Príncipe de Gales e a mulher também visitaram o museu de Charles Dickens, na casa onde o romancista viveu com Catherine Hogarth, entre 1837 e 1839 e onde nasceram três dos seus dez filhos.




O site da Google também presta uma homenagem ao escritor com um logo que lembra a cidade de Londres do século XIX.





Referências:
Smiley, Jane. Charles Dickens. London: Viking Penguin, 2002

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