quinta-feira, 10 de março de 2016

Kaieteur




A reserva Kaieteur, onde se encontram as cataratas com o mesmo nome, foi criada em 1923. É o parque nacional  mais antigo da Guiana.

Conta a lenda que o nome  Kaietur deriva de um importante e velho chefe tribal, o qual sacrificou-se para salvar a sua tribo de um grupo guerreiro inimigo, que tinha invadido o seu território. "Kaie", em linguagem Patamona, significa homem velho e "teur" quer dizer catarata. Daí que as quedas de água sejam conhecidas por "cataratas do homem velho".



Diz ainda a lenda que o cacique e a sua canoa se transformaram em rochas, que passaram a fazer parte de Kaieteur. Deve ter tido sucesso e alcançado a paz entre as tribos, uma vez que o seu nome ainda hoje é recordado...










Para visitar o parque, cuja região tem cerca de quinhentos milhões de anos, a mais antiga formação rochosa da terra, tem de se ir de avião. Na Trans Guyana Airways  o serviço é muito bom.







Os aviões levam 12 passageiros e o guia turístico da Evergreen Adventures era simpático e eficiente. O primeiro voo, que nos leva diretamente ao parque, em plena floresta tropical, demora 1.05h de Georgetown.

Ilha Baganara e rio Essequibo


Depois da visita às cataratas, em terreno quase todo plano, voltámos ao avião e voámos para a ilha de Baganara, onde se almoçou.

Este segundo voo demora 40m e como nos aproximamos de Georgetown, a última ligação aérea já de regresso à capital da Guiana, demora apenas 20m. Para quem não gosta de viajar em avionetas, como é necessário para visitar as cataratas do Angel, na Venezuela, devo dizer que estes aviões transmitem uma sensação de maior segurança.




A maior parte do tempo, quando nos afastamos da capital, voamos sobre selva tropical cerrada- a Guiana é coberta por uma bela floresta em 80% do seu território.








Devo confessar que uma das principais coisas que desejo verificar, quando vou viajar em aviões só com um piloto, é se este é jovem. Assim, julgo, que haverá muito menor probabilidade de se sentir "indisposto" e eu ter de aterrar o avião, tipo filmes de Hollywood. Quando vi o nosso piloto para esta viagem, descontraí-me: era jovem. 





Depois, o segundo problema foi tentar ver o local onde se vai aterrar. Só o vemos, quando estamos já na descida. Não se trata de um aeroporto no meio daquele imenso verde, apenas de uma pista de aterragem.



Tentei estar sempre calma e pensava comigo mesma- com tantas árvores, o pior que pode acontecer é ficar umas horas na copa de alguma delas, mas depois pensava... e se vou ter ao chão e dou de caras com um jaguar (o animal da Guiana)? Não tive de me preocupar... estiquei o pescoço e lá estava a pista à nossa espera. Recomendo esta aventura...até porque todas as três operações de levantar e aterrar efectuaram-se com grande profissionalismo e segurança.






A caminho das cataratas vi pela primeira vez as pequenas (2,5cm) rãs douradas venenosas. Tal foi a dificuldade em focar a lente da câmara, sem me aproximar demasiado, que só pensei no duro trabalho dos fotógrafos profissionais de revistas como a National Geographic...




Esta planta com folhas tão macias era o papel higiénico dos índios














































Portanto, o passeio foi espetacular: da pequena rã à grandeza das quedas de água naquele ambiente de paisagens tão deslumbrantes!






Todas as fotos foram tiradas por mim no dia 5 de março de 2016 durante a viagem à Guiana

3 comentários:

  1. É só passeio, amanhã faz anos que nasceu uma bébé linda. beijinhos

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  2. Muito bem. A catarata é espectacular, a água cai duma plataforma suspensa. Acho que nunca tinha visto uma assim.

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  3. Tambem ja andei num aviao ainda mais pequeno que esse e o piloto era bem mais velho,mas nao se sentiu mal��.
    Essa blusa e bem gira! Tambem quero uma assim! Fazes anos amanha? Beijinhos

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