segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Segundo debate entre Hillary Clinton e Donald Trump




O debate entre a candidata democrata e o candidato republicano terminou há poucos minutos. Realizou-se  na universidade Washington em St Louis no Missouri.










Foi moderado por Anderson Cooper da CNN e Martha Raddatz da ABC. Como em anos anteriores,  o formato foi diferente do anterior decorrido no passado dia 26 de setembro.



Desta vez procurou-se reproduzir um "townhall debate", à semelhança do que acontece em muitas vilas americanas, onde os políticos são obrigados a um contacto mais directo com a generalidade da população. Assim,  havia um painel de pessoas que fizeram perguntas diretamente aos candidatos e conforme os jornalistas moderadores os candidatos não sabiam com antecedência as perguntas. Pretendia-se espontaneidade.
De salientar que os dois candidatos não apertaram as mãos como anteriormente. O ambiente foi ainda mais tenso. Esperava-se um Trump mais abalado pelo escândalo recente do video em que toma posições horrorosamente machistas sobre as mulheres. Em consequência, alguns nomes sonantes do partido republicano retiraram-lhe o apoio. Contudo Donald Trump conseguiu sobreviver. Por vezes parecia uma caricatura de si próprio feita pelo ator Alec Baldwin. Ao dirigir-se à sua adversária , na maioria das vezes referia-se a "ela" (she), o que caiu muito mal. Raramente expôs as suas ideias e saltava do tema proposto, preferindo ser ele a dizer o que Hillary Clinton faria se fosse eleita. 
Depois de ter pedido desculpa pelo video atacou Bill Clinton e a sua conduta para com as mulheres, mas infelizmente durante dez dos noventa minutos, que durou o debate, ficamos sem TV devido à grande chuvada e não assisti a essa parte, tomando conhecimento através das notas de rodapé que apareceram depois. 
Hillary Clinton ganhou novamente o debate e via-se que queria discutir os assuntos importantes, apesar de ter sistematicamente de responder aos ataques de Trump.
Tenho pena que tenha aparecido novamente de calças, um conjunto azul escuro (desta vez os candidatos apareceram vestidos da cor dos partidos: ela, democrata, de azul e ele, republicano, de gravata vermelha), que não lhe ficava muito bem e não lhe dava o toque feminino, que acho que deveria realçar.
Não explorou muito o factor do video tornado público recentemente, pelo qual Trump se viu obrigado a pedir desculpa. Disse que, desde o princípio, achava o seu adversário (e tratou-o sempre pelo nome) sem perfil para presidente; não somente pelo tal video, mas, sobretudo, pelas ideias defendidas pelo seu adversário republicano em relação aos imigrantes, muçulmanos e outras minorias, inclusive face aos deficientes.
A parte mais dramática do debate foi quando Donald Trump disse que se fosse presidente ela estaria na prisão por causa do uso indevido de emails com material classificado. Hillary manteve-se calma e respondeu que apesar de ter sido um erro, pelo qual pedia desculpa, muitas das questões levantadas pelo adversário eram mentira, não havendo provas em contrário. Chamou-o pela primeira vez de mentiroso, palavra que foi muito usada por Donald Trump. 
Donald Trump não tem o poder da palavra e tal como no primeiro debate estava sempre a fungar, o que é desagradável para o ouvinte e além de se referir a Hillary por "ela", classificou por diversas vezes as suas politicas de estúpidas.
Quando Hillary Clinton respondeu sobre o seu passado politico, pois estava sistematicamente a ser criticada, brilhou. Para mim ganhou o debate tanto nas respostas diretas, como na defesa dos ataques do seu adversário.
A última pergunta foi a única que mostrou alguma reconciliação. Perguntaram se havia algum aspeto em cada um dos candidatos que o outro respeitasse e Hillary respondeu que admirava os filhos de Donald Trump. Ele agradeceu o elogio e referiu que o facto de Hillary ser uma lutadora, que não desiste, o aspeto em que a mais respeita.
E assim acabou o segundo debate. Esperemos pelo dia 19 de outubro para assistir ao último, antes do dia 8 de novembro de 2016, que vai eleger a primeira mulher como Presidente dos Estados Unidos da América.


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