quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Diário de uma visita ao Vietname.



O Vietname tem uma população de noventa milhões de habitantes. Ho Chi Minh, a antiga Saigão situada no sul, é a maior cidade do país, apesar da capital ser Hanói, no norte.

O regime é comunista com uma economia de mercado.

A maior parte da população dedica-se à agricultura (arroz).

O Vietname é o segundo produtor mundial de café, depois do Brasil.

Nas zonas rurais, o arroz é a base da alimentação, juntamente com o pato. As galinhas não se dão bem nas terras pantanosas.

Há duas religiões principais no Vietname: o budismo (cerca de 65%) da população e o catolicismo. Existem outros cultos religiosos ligados a tradições ancestrais.





O alfabeto latino foi introduzido pelos portugueses e franceses no século XVI.




Durante a guerra, os vietnamitas estavam divididos em dois estados, o Vietname do norte e do sul: o primeiro, comunista apoiado por chineses e russos; e o segundo, com apoio dos americanos. Com o fim das hostilidades em 1975 e a consequente unidade, muitos dos apoiantes do regime do ex Vietname do sul foram internados em campos de reeducação, durante cinco anos. Alguns, mais tarde, conseguiram emigrar para os EUA. Aliás, o consulado americano na ex-Saigão é muito procurado por jovens vietnamitas para obterem vistos de estudo nos EUA.


Em 1975, no final da guerra do Vietname, tanto a embaixada (onde presentemente é o consulado em Ho Chi Minh) como o edificio da CIA evacuaram muitos vietnamitas do sul, através de helicópteros, que aterravam nos telhados, como tem sido reproduzido em filmes e documentários.



Não existia o arranha céus ao fundo. O edifício da CIA ficava em segundo plano.

Este relato fez-me lembrar o musical da Broadway Miss Saigon, que vi há alguns anos em Nova Iorque (a tragédia de uma mulher vietnamita abandonada pelo seu amante americano).

Surpreenderam-me algumas ideias francas de vietnamitas. Um até comentou diversas vezes que o poder traz muita riqueza e também corrupção, não sendo o Vietname exceção. Interessante esta opinião, depois da unificação do país (após a guerra do Vietname), que continua  comunista como o vizinho Laos.

Os vietnamitas gostam de jogar na lotaria nacional. Os lucros são usados pelo governo para construir estradas e são muitas as autoestradas construídas nos últimos anos. Contudo, jogar a dinheiro nos casinos é proibido por isso muitos vão ao Camboja, Hong Kong e Macau tentar a sorte.




As mulheres vietnamitas gostam de manter a pele branca e clara, sinal de beleza, por isso evitam o sol e vão pouco à praia.





O primeiro porto onde parámos foi em Nha Trang, Com o seu céu azul, grandes praias de areia e palmeiras, há quem lhe chame " Miami do Vietname". Não achei nada parecido...Os franceses foram os primeiros a reconhecer que esta baía seria um local ideal para veraneio e começaram a sua transformação. Os soldados americanos concordaram e assim Nha Trang tornou-se o local favorito de lazer durante a guerra. No passado, porém, foi a capital do reinado Champa que dominou o sueste asiático, durante treze séculos.

As Torres Ponagar Cham




Cada torre foi edificada num estilo diferente, mostrando dessa maneira que foram construídas entre os séculos VII e XII AD. Hoje em dia, este local ainda tem importância religiosa e as pessoas têm de tirar os sapatos e estar cobertas para entrar.



























































Vila piscatória e  ponte Xom Bong 

Demonstração de como apanham o marisco, que vale muito no mercado.


Santuário Long Son Pagoda

Buda Branco edificado em 1965 para homenagear os monges que se lançaram ao fogo em protesto contra os abusos do regime do presidente Ngo Dinh Diem (a guerra do Vietname intensificou-se após o seu assassinato, em 1963).


 Demonstração cultural com instrumentos musicais tradicionais.

Achei os jardins muito bem cuidados



Na segunda paragem do navio fomos em excursão visitar a cidade de Ho Chi Minh (ex Saigão)


O trânsito na cidade de Saigão é caótico. A maioria das pessoas desloca-se de motorizada. Possuir um carro é sinal de riqueza, pois o governo impõe grandes impostos sobre os veículos importados. Os mais acessíveis são os carros coreanos. 

Do porto à cidade são cerca de 90 minutos, que se fazem muito bem, pois os autocarros de turismo são muito confortáveis e até têm ligação à internet.







O caminho segue o percurso do rio Saigão e passamos por aldeias e muitos arrozais.


No Museu de História Nacional do Vietname não se podia tirar fotografias. Vimos no final da visita um espectáculo com fantoches na água, uma tradição milenar.

O famoso Hotel Rex, o principal local de encontro e reunião dos jornalistas, durante a Guerra do Vietname. 
O belo edifício dos correios em estilo colonial francês
A catedral de Notre Dame (estava fechada).



O hotel onde almoçámos e ponto de partida para regressar ao navio.










A cerveja mais conhecida


















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