terça-feira, 18 de setembro de 2018

Viagem a Quichinau




















Quichinau é a capital da República da Moldova (ou Moldávia), um país da Europa de leste "ensanduichado" entre a Roménia e a Ucrãnia.
A cidade está cercada por uma paisagem fértil, a base da agricultura, a principal atividade nacional, sobretudo a cultura vinícola.
Houve um rápido crescimento da população a partir da década de 1950, à qual a administração soviética respondeu através da construção de habitações do estilo "bom, barato e rápido ". Felizmente, para colmatar essa situação bastante infeliz do ponto de vista estético, há muitas zonas verdes.





Achei interessante este ministério todo verde,  perto do hotel onde fiquei.








A cidade é relativamente pequena e todas as atrações estão assim situadas perto umas das outras.



O "Arco do Triunfo", construído em 1840 para celebrar a vitória do Império Russo sobre o Otomano, é o mais pequeno que conheço. Está situado no passeio da grande avenida com o nome do herói nacional





Ștefan cel Mare (Estêvão o Grande), foi um príncipe moldavo, que governou entre 1457 e 1504. Ficou famoso em toda a Europa em virtude da resistência que ofereceu ao alargamento do Império otomano - travou 46 grandes batalhas e perdeu apenas duas.


O primeiro museu, que tentei visitar, foi a casa- museu do poeta russo Alexander Pushkin (1799–1837), onde passou três anos exilado e escreveu "O prisioneiro do Cáucaso". O que gostaria de ter visto era um retrato de Byron, na sua secretária, mas infelizmente ainda não tinha trocado dinheiro e eles não aceitavam cartões. Também a funcionária não falava uma palavra de inglês, o que tornou o diálogo, qualquer coisa surreal...




Gostei muito de visitar o recentemente renovado Museu Nacional de Arte. Fiquei a conhecer trabalhos muito interessantes de artistas moldavos.

Gostei muito desta escultura de YURIE HOROVSKY de 1985, Celebração.

Tenho um "complexo" relativamente a esculturas. Da primeira vez que estive em Caracas vi numa galeria de arte, uma belíssima escultura. Creio que se chamava maternidade. Como não era barata,  e muito pesada, não a compramos na altura. Fomos para casa pensando onde a poderíamos colocar e quando finalmente  resolvemos adquiri-la, já não se encontrava à venda. Muitos pintores e escultores venezuelanos emigraram e quando estive a viver no país pela segunda vez, a oferta de arte já não era a mesma...


O monumento Memorial da Vitória e Chama Eterna, um círculo com cinco pilares, representando os cinco anos do envolvimento da Moldávia na II Guerra Mundial tem grande dignidade. Construído na era soviética, tem uma chama ao centro que honra os solados desconhecidos mortos em combate também em 1992, na Guerra da Transnístria.


A visita às maiores caves de vinho de mundo foi muito agradável. Os vinhos estão armazenados em 55 km de caves. 






Podemos visitar de carro 5 km das mesmas. 







Há uma área de armazenamento onde os compartimentos (casa), podem ser alugados a 200 euros / ano. 



Gostei muito da prova...





Há outras caves muito conhecidas, em Cricova. Parece que Yurin Gargarin se perdeu aqui, tendo sido encontrado dois dias depois... Putin também celebrou em Cricova o seu 50º aniversário..



Os tapetes moldavos tradicionais têm motivos florais e cores muito garridas.





Tive o prazer de assistir à acreditação do novo embaixador de Portugal na Moldóvia (não-residente), numa cerimónia protocolar com revista à Guarda de Honra, ouvir o Hino Nacional muito bem tocado por uma banda militar e visitar o Palácio Presidencial.



Chișinău, 18 a 21 de setembro de 2018

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