sábado, 19 de outubro de 2019

Quioto, a antiga capital do Japão ( II parte)

Quioto, a antiga capital do Japão ( I parte)

Kinkakuji : O Templo do Pavilhão Dourado





Não há palavras para descrever o impacto que este templo teve em mim... É das paisagens mais bonitas que vi. Pena as fotografias ficarem muito além da beleza natural ao vivo...


A construção iniciou-se em 1397 e em 1498 o seu proprietário, um poderoso xógun, deu um banquete, que contou com a presença do imperador e ficou conhecido como "A Visita Imperial a Kitayama".  Após a morte daquele poderoso senhor feudal esta villa residencial foi transformada em Templo Budista.

Kinkakuji é um pavilhão de 3 andares. O primeiro é em madeira simples, enquanto o segundo e o terceiro são folheados a ouro. É também famoso por representar três estilos diferentes de arquitetura: o primeiro andar de estilo palacial, o segundo em estilo samurai e o terceiro o de um templo Zen.
Sofreu grandes restaurações desde a sua construção:

1- em 1649, 250 anos após a sua fundação;
2- de 1904-1906 quase 250 anos após a primeira;
3- em 1950 ficou reduzido a cinzas e foi reconstruído como réplica exata em 1955;
4- em 1987 usaram folhas de ouro cinco vezes mais grossas do que as originais para o seu revestimento.

O Palácio Imperial de Quioto

A história do palácio remonta ao século VIII, quando o Imperador Kanmu mudou a capital de Nara para Quioto. O primeiro imperador foi aqui entronizado em 1331 e, durante 500 anos, este palácio constituiu o símbolo do poder imperial, testemunhando a história do Japão, até 1869, quando a capital mudou para Tóquio. Durante esses anos foi reconstruido diversas vezes devido a incêndios.

Devo dizer que a sua ostensiva simplicidade deixou-me desapontada, até porque a visita só é permitida no espaço exterior, nada se vendo do interior de cada pavilhão ....O vasto rectângulo, que forma este palácio Imperial, é composto por diferentes edifícios para diversas funções.





O crisântemo é a flor imperial do Japão.




Okurumayose- reservado para as carruagens dos nobres, que vinham a audiências com o Imperador.


Shishinden - o pavilhão mais importante do conjunto, que forma o Palácio Imperial. Aqui era onde se desenrolavam as cerimónias das entronizações dos imperadores. A primeira constituição do Japão moderno foi promulgada aqui, durante a Restauração Meiji de 1868.







Shunkoden- Hall do Espelho Sagrado. 











Seiryoden- Residência oficial do imperador 














Se não fosse o grande calor e a humidade poderíamos ter admirado melhor o belo jardim

O Castelo Nijo-jo


Ao contrário da maioria das fortificações japonesas, quase sempre instaladas em morros e colinas, este forte mandado erguer pelo xógun Tokugawa Ieyasu, em 1602, encontra-se numa planície no centro da cidade. Apesar de ter instalado um período de paz e isolamento, controlado a partir do castelo de Edo (atualmente o Palácio Imperial, em Tóquio), quando estava em Kyoto, a sua sede de poder era o Castelo Nijo-jo.
O amplo complexo de 275 mil metros quadrados tem como destaque o ricamente ornamentado portão Karamon e o palácio Ninomaru. Infelizmente não são autorizadas fotografias no interior.


 A visita aos belíssimos jardins demora cerca de duas horas...



Na sala de descanso, que tinha ar condicionado (felizmente) está um pequeno quadro eletrónico com os autocarros, que estão a passar na zona tanto para norte como para sul.

E foi assim que usámos novamente o autocarro para regressar ao hotel...



Uma visita a Quioto é absolutamente indispensável para quem quer conhecer o Japão. Fica a pouco mais de duas horas no comboio bala (Schinkansen), que se apanha na estação de Tóquio. Não é necessário comprar bilhetes com antecedência, porque partem de 10 em 10 minutos .
No dia seguinte já não regressámos a Tóquio. Ficámos na estação anterior Shin-Yokohama, pois o noso destino era o porto de Yokohama, onde nos esperava o navio para um cruzeiro à volta do arquipélago japonês...

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