domingo, 28 de junho de 2020

Mandy






Julie Andrews Edwards. Mandy. Ilustrações de Johanna Westerrman. Harper Collins, 2006. 304 páginas












Quando cheguei a casa, em Bucareste, tinha à minha espera este livro, que pedira ao meu marido para encontrar.
Foi o primeiro livro para jovens adolescentes escrito por Julie Andrews. Como explica a autora na sua autobiografia, Homework, tinha estado na Irlanda  em 1968, com o marido, o realizador Blake Edwards numa enorme propriedade, que a fez imaginar como a aristocracia vivia no século XIX. Possuia uma casa senhorial onde ficou instalada com a família, estábulos, canis, leitaria, um lago, hortas e diversas cabanas (incluindo uma muito pequena decorada no interior com conchas) e ocorreu-lhe imediatamente o esboço de uma história. Tomou a decisão de passar ao papel o que imaginara depois da filha do marido, Jenny, ter pedido que lhe escrevesse uma história...

Mandy é uma história com 50 anos. Uma menina com 10 anos vive num orfanato e encontra uma cabana abandonada ( decorada com conchas, no interior), que deseja que fique sua e trata de limpá-la e arranjar o jardim. É um segredo só seu, que vai, porém, ser descoberto e contribuir para lhe transformar a vida.

Na descrição do jardim, ficamos atraídos pelos pormenores que dá, desde as sementes que consegue arranjar através do jardineiro seu amigo, à maneira de plantá-las. Imaginamos um pequeno jardim tipicamente inglês e o lanche que Mandy prepara com Marmite, essa pasta que os britânicos usam para barrar as torradas (em vez de uma deliciosa manteiga dos Açores) lembram as origens inglesas da autora. Só a escrita americana, como por exemplo "on weekends" em vez de "at weekends", nos recordam que o livro foi publicado nos EUA, onde a escritora/atriz vive.


Depois da minha chegada recebi o livro para crianças escrito por Julie Andrews e a filha: The Very Fairy Princess., muito difícil de encontrar, pois parecia esgotado. Muito bonito!


PS: Uma correção, de uma inglesa, que chegou via Twitter:





"Que lindo! Mas tenho de corrigir que Marmite é sempre COM manteiga (melhor ainda quando é aquela deliciosa dos Açores) "






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