sábado, 24 de julho de 2021

O palácio Esterházy em Eisenstadt, Áustria

 

A visita ao palácio dá acesso aos apartamentos dos príncipes, a uma exposição sobre a última herdeira Estérházy, Melinda Ottrubay, "Haydn Explosive" e a cave de vinhos. Só as visitas guiadas permitem ir à capela.



Árvore da família Esterházy



Alguns príncipes da Casa Esterházy

A família nobre húngara Esterházy tem as suas origens na Idade Média, mas foi a sua lealdade à dinastia de Habsburgo desde o século XVII, com laços de proximidade mantidos ao longo dos séculos, que explica o seu poder e consequente influência. Desde a distinção como paladinos do Rei da Hungria até à honra do título de "príncipes", muitos membros desta família distinguiram-se nas guerras contra os Otomanos e perderam a vida em batalhas, sendo depois reconhecidos pelos seus serviços à coroa imperial.
A última herdeira, Melinda (1920-2014), uma bailarina de sucesso na ópera de Budapeste casou em 1946 com Paul Esterházy V e não teve filhos. Na exposição a ela dedicada percorremos os diferentes passos  da  vida desta mulher extraordinária, como se estivesse num palco, com diferentes actos, alguns bem dramáticos, quando o marido foi preso pelo regime comunista, a fuga para a Suiça e a sua luta para manter viva a herança cultural e as propriedades da família, através da criação de fundações sustentadas por diversas atividades.

Algumas jóias da sua coleção

Salão Haydn



A família Esterházy foi uma importante patrocinadora das artes e, em especial, música. Haydn trabalhou durante 40 anos para a família, dirigindo cerca de 1000 atuações, compôs óperas, sinfonias e missas e é reconhecido como o exímio compositor do quarteto de cordas.  

Retrato de Haydn na exposição a ele dedicada






A Imperatriz Maria Teresa mesmo com uma idade avançada, em que se tornava cansativo viajar, continuava a assistir à ópera em Eisenstadt.









O rei Jorge IV de Inglaterra conheceu Haydn, quando ainda era Príncipe de Gales e admirava-o muito. Um dia sentou-se ao lado de Haydn e tocou violoncelo com ele. O compositor deixou registado no seu diário, que o futuro rei tocara muito bem.
 















O príncipe Nicolau Esterházy (1714-1790) chamado o Magnânimo foi quem empregou Joseph Haydn (1732-1809) como mestre de capela (diretor de música). O príncipe gostava muito de tocar baryton, um instrumento que caiu em desuso e Haydn compôs 126 baryton trios e outras músicas para aquele instrumento.









CD:  Maddalena (del Gobbo) and the Prince (Deusche Grammaphon)


Pintura, porcelana, prata, mobiliário e instrumentos musicais expostos dão a ideia de como era a vida faustosa no palácio e as suas lendárias festas, frequentadas pela corte.



Mesa veneziana com vidro incrustado séc XVIII


A antiga sala de jantar está transformada numa sala de concertos.  Regressámos a Bratislava para almoçar e os vinhos, que comprámos na loja, já estavam frescos para o jantar.


                                                                               Saúde!
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