segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Visita ao Museu do Azulejo



  

Nos claustros do Convento



O Museu do Azulejo está instalado no antigo Convento da Madre de Deus, o qual foi fundado em 1509 pela rainha D. Leonor de Lencastre (1458-1525) mulher de D. João II e irmã de D. Manuel I.


Nesta pintura flamenga do século XV, Panorama de Jerusalém, que terá sido oferecida à Rainha pelo imperador Maximiliano (seu primo) havia uma área reservada, no canto inferior esquerdo, onde foi incluída em Portugal D. Leonor viúva.
D. Leonor fundou as Misericórdias para ajudar os mais pobres, apoiou D. Manuel na fundação do Hospital de Todos os Santos, no Rossio de Lisboa e esteve na origem da fundação do hospital termal das Caldas da Rainha, cuja construção e funcionamento custeou.
Fez muitas encomendas de arte. 




Medalhão atribuído à oficina de Della Robia (1509-1517)

O convento da Madre de Deus no painel de azulejos Lisboa antes do terramoto de 1755.


Retratos de D. João III e D. Catarina da Áustria atribuídos a Cristovão Lopes

O convento foi ampliado no reinado de D. João III (1502-1577), reformado no século XVIII, sofrendo obras profundas depois do terramoto. 


Em 1872 foi reconstituída a fachada manuelina. O pórtico da igreja está ornado pelo pelicano e pelo camaroeiro, símbolos de D. João II e D. Leonor.


Embora a igreja tenha sido construída pelo rei João III e pela rainha Catarina da Áustria na década de 1550, foi ricamente decorada somente no século XVIII, tornando-a um belo exemplo do barroco português, toda decorada com azulejos, pinturas e talha dourada.

Com o objectivo de realizar uma exposição comemorativa dos 500 anos do nascimento da Rainha D. Leonor, a Fundação Calouste Gulbenkian foi a patrona das grandes obras de restauro, designadamente, no claustro e pinturas, da Igreja da Madre de Deus. Em 1958, quando a exposição terminou o edificio ficou sob a tutela do Museu Nacional de Arte Antiga, do qual constituía um anexo. Tornou-se um museu autónomo em 1980.

A coleção deste museu abrange a produção azulejar da segunda metade do século XV até à atualidade. Além do azulejo, a coleção integra peças de cerâmica, porcelana e faiança dos séculos XIX a XX.



A esfera armilar era a divisa de D. Manuel I




Azulejos Ponta de Diamante século XVII.














Querubim Lapa


Abel Manta






Esteve um bonito dia outonal. Há muito tempo que não visitávamos o Museu do Azulejo.  Foi um prazer revê-lo. Trata-se sem dúvida de um belíssimo espaço histórico e dos poucos que resistiu à hecatombe de 1755.




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