domingo, 5 de novembro de 2023

O Palácio Azurara



O Palácio Azurara fica no largo das Portas do Sol com amplas vistas sobre o vizinho bairro de Alfama,  a parte oriental de Lisboa e o rio Tejo.

A construção do palácio ou melhor da residência apalaçada data da segunda metade do século XVII e a sua construção terá provavelmente origem num burguês endinheirado, pois na porta de entrada não encontramos um brasão de família de que um nobre não abdicaria.

No século XVIII  é adquirido por um afilhado do 4º conde de Tarouca. O terramoto de 1 de novembro de 1755 provocou danos e sofreu obras de reconstrução. No final do mesmo século, o palácio pertencia a um alto funcionário do estado, a quem D. João VI concedeu o título de visconde de Azurara.

Na segunda metade do século XIX, o Palácio Azurara, que pertencia então a Pedro da Cunha é dividido por diversos herdeiros e funcionou como colégio, sede do Estado-Maior do Exército, hospital e, a partr de 1933, é ocupado por diversas famílias e degrada-se. 

Em 1947, é comprado pelo Dr. Ricardo do Espírito Santo Silva (1900-1955), o qual empreende uma profunda ação de restauro e adaptação da residência à instalação no edificio da Fundação com o seu nome, tendo por objetivo receber o Museu-Escola de Artes Decorativas Portuguesas. As obras estiveram a cargo do arquiteto Raul Lino (1879-1974), cujas intervenções permitiram a descoberta da torre da Cerca Moura, a primitiva muralha de Lisboa, então tapada.

Em 2011, na esplanada em frente ao Museu

Hoje regressei ao museu. Demorei imenso tempo a chegar, pois encontrei uma rua bloqueada por um elétrico avariado e um carro mal estacionado, que me fizeram voltar para trás e procurar outro percurso; e depois foi o problema do estacionamento em Alfama. No museu disseram-me que há um autocarro na Praça da Figueira, que faz o caminho da Sé, Castelo e pára lá perto.Talvez tente para a próxima visita. Fiquei contente por não ter desistido. O Museu de Artes Decorativas de Lisboa é essencial para quem gosta de ver coisas bonitas e requintadas.

D. Catarina de Bragança

Japão séc XVI


Sala da Música


 Sala D. João V


Pintura século XVI

A famosa mesa de quatro tampos por cima de um bonito arraiolos (a coleção de tapetes de arraiolos é grande)


Sala D. Maria I

Secretária de alçado de influência inglesa (Thomas Sheraton)

 Um local, junto às namoradeiras, que escolheria para jogar crapô.




Prato Coberto. Cópia do encomendado por D. Luís para o Palácio do Governo de Macau

(porcelana chinesa, dinastia Qing)



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