quarta-feira, 13 de março de 2024

Intérprete por um dia


Estava sentada no Registo Civil de Lisboa, quando uma jovem com a sua bébé e acompanhada pelo marido veio ter comigo a perguntar se falava inglês, porque na portaria recusaram-se a dar~lhe a senha por não falar português nem ter trazido um(a) tradutor(a). A jovem mãe tinha tido uma bébé por cesariana no domingo e pretendia registar a filha, pois no hospital não estava a funcionar o processo de registo. Claro que aceitei. Pensei que havia um papel para traduzir, mas a ajuda era acompanhá-los ao balcão e traduzir as perguntas e os papéis. Saímos todos contentes. Esta recém nascida, que os pais pediram para tirar uma fotografia comigo já pode tratar do seu CC e até já tem o respetivo número. Os pais são do Bangladesh, muito educados. Vieram à procura de uma vida melhor...

Nos anos sessenta e setenta, os portugueses não qualificados emigraram para muitos países. Mais recentemente também muitos jovens emigraram e nem sempre há histórias de um bom acolhimento.  

Espero que esta menina e a sua família sejam felizes em Portugal.



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