quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Atentado há 266 anos


Sege dos Óculos. Museu dos Coches, Lisboa

Século XVIII (final):Viatura de viagem com duas rodas e dois lugares, rápida, robusta, simples e discreta, podia ser conduzida por um dos próprios ocupantes.

Há 266 anos (3.9.1758). o Rei D. José regressava à chamada Real Barraca na Ajuda, num sege como o da fotografia, depois de um encontro com a sua amante Teresa de Távora, quando foi surpreendido por três homens, que o atingiram com diversos tiros.


Alegoria ao atentado de D. José da autoria de Vieira Lusitano. Museu da Cidade de Lisboa

Em 1760, o Rei mandou construir a bonita Igreja da Memória como reconhecimento e agradecimento a Deus por ter recuperado a saúde depois do atentado.

Todavia, o atentado teve graves repercussões políticas e provocou um dos episódios mais dramáticos  da história nacional- o Suplício dos Távoras: em 13 de Janeiro de 1759, foram executados os implicados naquela tentativa de regicídio. O futuro Marquês de Pombal, o todo poderoso ministro do Rei,  encenou ao pormenor o massacre da família Távora, aproveitando para ajustar contas com a velha aristocracia. 


O Marquês de Pombal está sepultado na Igreja da Memória; mas fiquei a saber, há pouco, que afinal, não nasceu em Lisboa, mas sim em Sernancelhe, no Solar dos Carvalhos, propriedade da sua família. O solar, hoje em dia, recebe hóspedes e os meus netos gostaram muito de passar lá uma noite com os pais. Quando visitei aquela vila, em 2017, o mesmo palacete não podia ser vistado.




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