quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Viagem aos Fiordes da Noruega



A Noruega é um dos países mais ricos do mundo. A sua economia depende da exportação de petróleo (encontrado no final dos anos sessenta), do gás natural e da exploração dos recursos hidroelétricos que abastecem o país e dão ainda para exportar. Apesar de produtor de petróleo, tem fomentado a compra de carros eléctricos, contabilizando o maior número de utilizadores dos Tesla.  

Possui também bons recursos agrícolas e é o maior exportador de bacalhau do mundo. O turismo desempenha igualmente um importante papel na economia do país (visitei aldeias nos fiordes com menos de 100 pessoas, que no verão são invadidas por cerca de 600 000 turistas). 

Tem sido eleito,  nos últimos anos, o melhor país para se viver devido à sua elevada esperança de vida e um sistema de saúde e educação públicos gratuitos, de qualidade (a escolaridade obrigatória vai dos 6 aos 16 anos  e 100% da população é alfabetizada - os alunos que pretendem prosseguir  estudos superiores devem  frequentar mais 3 anos de ensino secundário).

Contudo há algumas desvantagens. Os impostos são bastante elevados e o nível de vida muito caro.



Esta cerveja (ao balcão) custou 10 Euros...










E uma simples viagem de táxi do aeroporto ao hotel (num Tesla, em Trondheim) durante cerca de 30 minutos, custa quatro vezes mais do que em Lisboa (800 coroas norueguesas- 85 euros).


Nas  cidades, as construções mais recentes com um design linear  muitas pintadas de preto e cinzento, tornam o ambiente sombrio, sobretudo se pensarmos que o clima não ajuda. Em pleno verão escandinavo cheguei a apanhar temperaturas de 9 graus. Não me queixo do tempo, pois um dos objetivos desta viagem era fugir ao grande calor...



e consegui....








Achei as pessoas muito simpáticas e gostei da cultura anti-gorjeta.

Adorei os jardins muito bem cuidados nas cidades (Oslo, Trondheim, Bergen).



















Os trolls, segundo a lenda, eram figuras gigantescas e horrendas, que viviam nas montanhas e foram os primeiros habitantes da Noruega. Só saíam à noite, pois se encontrassem luz transformavam-se em pedras gigantescas. O artesanato local está cheio destas figuras. Não lhes achei muita graça. 



































Este foi o meu 6º cruzeiro. Já me considero uma pro. Verifiquei que tenho roupa própria para estas ocasiões, pois são repetidas de outros passeios ... têm uma vantagem- não amarrotam.


Todos os cruzeiros têm uma noite que chamam de gala. Embora seja engraçado ver o que a imaginação das pessoas proporciona, convém não destoar muito....












...sobretudo se preferirmos jantar  na sala principal. Neste cruzeiro a gastronomia era "desenhada" por Paco Roncero, chef com 2 estrelas Michelin e gostei muito.

O pianista, Eduardo, nunca tocou o concerto para piano de Grieg, que seria apropriado, mas gostei muito do seu repertório. A minha mesa ficava situada junto ao piano...

Não gostei dos espetáculos, com coreografias pobres e de mau gosto. No entanto a festa de apresentação dos diversos departamentos a bordo, com a presença do capitão, foi bem conseguida ( desfilaram bandeiras de 35 países, referentes às diferentes nacionalidades da tripulação (total de 608).









Mas há muito mais coisas para passar o tempo- no meu caso o imprescindível crapô, leitura, dormir e tirar muitas fotos das  vistas espetaculares, que só do mar se consegue.












A organização das excursões também deixou muito a desejar. Cheguei a dizer-lhes que deviam aprender com os americanos. Este foi o primeiro cruzeiro que fiz, onde a primeira língua utilizada era o espanhol.

A Noruega é conhecida pelos seus fiordes,  enormes vales formados por rochas e inundados de água, devido à fusão do gelo na Era Glacial. A própria palavra fiorde tem origem na Noruega, mas internacionalizou-se.

Para mim o país ficou também associado aos imensos túneis (furados, como se diz na Madeira) cravados nas montanhas. Em todas as localidades por onde passei tive de atravessar túneis. A guia que nos mostrou Flam disse que dessa vila a Oslo passa-se pelo maior túnel do mundo com 24,5 km de comprimento, mas passei por um, na direção oposta (em direção a Bergen), que tinha 11km e achei enorme. Dá para perceber que antes da construção da maioria dos túneis ( segunda metade do seculo XX ) as populações viviam bastante isoladas. No verão recorriam aos barcos ou cavalos para comunicarem com outras regiões e no inverno faziam-no através de ski ( outra palavra de origem norueguesa), que é obrigatório no sistema de ensino.



Notei que também têm orgulho nas muitas cataratas que correm pelas suas montanhas. Todavia, como já conheço a catarata do Salto do Angel, em Canaima, na Venezuela, não me impressionaram tanto como os fiordes. 








Os fiordes do Chile, que visitei no cruzeiro à Patagónia, apesar de menos escarpados eram também magnificos.




O álbum da viagem à Noruega
De 2 a-12 de agosto de 2018

God ferie!




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