segunda-feira, 1 de outubro de 2018

A Monarquia na Roménia







Coroa usada pela Rainha Elisabeta no ato de proclamação do Reino da Roménia, em 1881


(Museu de História Nacional, Bucareste)







A Roménia teve apenas 4 reis, durante 66 anos (de 1881 a 1947):


Carol I

Ferdinand I

Carol II

Miguel I



Em 1947, o último Rei dos romenos foi forçado a abdicar pelos comunistas, apoiados pelo exército soviético.

O Rei Miguel só teve filhas: a Princesa Margareta da Roménia (n. 1949), a Princesa Elena da Roménia (n.1950), Irina Walker ( n.1953), a Princesa Sophie da Roménia (n. 1957) e a princesa Marie da Roménia (n.1958).

As filhas do Rei e os seus descendentes não tinham direito à sucessão devido à Lei Sálica vigente na Roménia. Em 2007, o Rei Miguel, contudo, anunciou que no caso da restauração da monarquia aquela única forma de sucessão, a exclusividade de um herdeiro ser masculino,  deveria ser revogada e indicou a filha mais velha como herdeira do trono.

Em 2014, após a prisão da filha Irina e do marido nos EUA por manterem um negócio ilegal de luta de galos, o Rei Miguel alterou a linha de sucessão, tendo excluído Irina, assim como os seus descendentes.

A herdeira do trono não tem filhos. Nicholas Medforth-Mills, nascido a 1 de Abril de 1985, em Meyrin, na Suíça é  o único neto do Rei Miguel, filho da princesa Elena e do seu primeiro marido,  Robin Medforth-Mills, professor de Geografia na Universidade de Durham. Nicholas esteve pela primeira vez na Roménia na Páscoa de 1992, aos 13 anos, com os avós, a mãe e o padrasto. Foi a primeira visita autorizada pelas autoridades romenas, depois de cerca de 45 anos de exílio. Em 1997, a família real pôde regressar ao país e, em 2000, o Rei Miguel recebeu o estatuto de antigo Chefe de Estado, o que lhe permitiu recuperar património e dispor do Palácio Elisabeta, em Bucareste, que se tornou residência da princesa Margareta, herdeira e guardiã dos bens da coroa.

O deposto Rei Miguel tinha dado ao neto o titulo de Alteza Real e de Príncipe, a partir do seu 25º aniversário. Em 2012, Nicholas Medforth-Mills mudou-se para a Roménia para participar em atos oficiais com mais frequência. Depois de ter sido acusado por uma mulher de ser o pai de uma criança e nada ter feito para assumir a paternidade, revelando, alegadamente, falta de responsabilidade, o seu avô retirou-lhe os títulos em 2015, excluindo-o também da linha de sucessão. 

Nicholas quis ver o avô, que já estava muito doente na Suiça e onde veio a morrer, após cerca de um mês. Depois de ser impedido, forçou a entrada na residência do Rei e, segundo a Casa Real, que apresentou queixa na polícia, chegou a agredir três funcionários. Nicholas julga que os outros membros da família fizeram tudo para o desacreditar e prejudicar a sua imagem. Na altura, aquele incidente teve impacto nos media.

Quando o avô, o Rei Miguel, morreu, o ano passado, seguiu atrás do caixão juntamente com as cinco filhas do rei, o que criou muita simpatia no público, que adorava o seu rei.





Ontem, Nicholas Medforth-Mills casou-se com Alina-Maria Binder  numa cerimónia religiosa em Sinaia (já o tinha feito no civil, no ano passado). Os romenos têm seguido estas notícias e parecem querer uma versão do romance Harry-Meghan Markle.

Foi convidado pelo presidente da Câmara de Sinaia para estar presente na cerimónia de geminação Cascais- Sinaia. (foto ao lado)









Fiquei admirada por ter lido na última edição do  Economist uma noticia sobre a família real romena.

Recentemente, o Príncipe Radu da Roménia esteve em Portugal e deu uma entrevista ao DN.


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