A minha Lista de blogues

terça-feira, 26 de novembro de 2024

Celebração dos 50 anos Setimanistas 74-75


Do Liceu Jaime Moniz, Funchal



Em 1974 e 50 anos depois...


 Programa:


26/11/2024  (3ªf) Chegada ao Funchal


29/11/2024  (6ªf)

11h-Descerramento da placa comemorativa dos 50 anos setimanistas 74/75 - Liceu Jaime Moniz 





30/11/2024 (Sáb)

17h Missa na Igreja do Colégio



19h- Cocktail e Jantar no hotel The Views Baía




2/12/2024
Partida para Lisboa



Encontro de Setimanistas 74-75

sábado, 23 de novembro de 2024

Parabéns, Vista Alegre!


 A Vista Alegre foi fundada em 1824, celebra assim, durante este ano, os seus 200 anos. Foram feitas diversas peças para a ocasião e um serviço pintado à mão, a lembrar os antigos. Chama-se Herança


Desejo a continuação do maior sucesso a esta marca de arte e prestígio, que já faz parte da história  portuguesa.  

Hoje, fui à exposição da Vista Alegre no Palácio Nacional da Ajuda. Pensava que se tratava das porcelanas do palácio, mas as cerca de 400 peças expostas são do Museu da Vista Alegre em Ílhavo.



Instalação de Clare Twomey. O aparato tecnológico para concretizar esta peça foi concebido pela equipa de engenharia da Vista Alegre.

Porcelana liquida a correr em cascata. A história da VA revela-se uma ponte, onde tradição e inovação se entrecruzam.



A exposição segue uma ordem cronológica de 1824, desde a produção de vidro, à descoberta do caulino e o início da produção de porcelana até aos nossos dias incluindo projetos de artistas contemporâneos.



1835-1851. Pratos e Base de Candeeiro. Pintura de Victor Rousseau, pintor francês que cria a primeira escola de pintura da VA, responsável pela formação de gerações de mestres, que manterão os elevados níveis artístico e técnico da produção da fábrica.


1853 Serviço para toucador. Pintura atribuida a Gustave Fortier, seguidor de Rousseau



1874 Pratos. Pintura atribuida aos jovens aprendizes Francisco António Ruivo e Duarte José de Magalhães, o qual tinha apenas 13 anos.





1878 Jarra com o retrato de D. Maria Pia













Saboneteira com as vistas da fábrica da Vista Alegre em Ílhavo


Paliteiros. Produzidos a partir de finais do século XIX


1881. O período Arte Nova


1922. O período Art Déco


Nadir Afonso. Peça criada em 2011


Graça Morais. Centro de mesa Primavera (2014)


Na Sala D. João IV foi instalada uma loja da Vista Alegre, que funcionará durante a exposição (até maio 2025) e que bem atendidos fomos...

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Dia Mundial da Filosofia

 

A filosofia nasceu na Grécia antiga, no início do século VI a.c. Tales de Mileto é reconhecido como o primeiro filósofo, mas foi Pitágoras, que adotou o termo "filosofia", uma junção das palavras "philos" (amor) e "sophia" (conhecimento), que significa amor ao conhecimento".

Atenas 2019

Sócrates. Museu Arqueológico de Nápoles. 2022

O Dia Mundial da Filosofia celebra-se desde 2002 na terceira quinta-feira de novembro com o fim da humanidade refletir sobre os acontecimentos atuais, fomentando-se o pensamento crítico, criativo e independente, contribuindo assim para a promoção da tolerância e da paz.

A minha neta mais velha tem seis anos, anda na primeira classe e já tem filosofia. Uma vez por semana o avô vai buscá-la a pé à escola de música e conversam muito no trajeto até casa. É um momento especial avô-neta. Disse-me depois que tinham falado sobre as aulas e filosofia. Perguntei-lhe se sabia o que significava a palavra e respondeu-me logo que era " amigo da sabedoria".

O passar dos anos, os conhecimentos adquiridos e as múltiplas experiências vividas também nos trazem sabedoria. Ontem foi uma tarde bem passada. Uma amiga que não via há muitos anos veio cinco dias a Portugal com a filha e escreveu-me para nos encontrarmos. Vieram  cá a casa almoçar. Recordámos  a nossa amizade durante o tempo que vivemos em Ancara há 30 anos.

Os meus filhos e os dela em Kemer, umas mini-férias que passámos só as duas com os filhos na "riviera turca".


A minha neta escreveu primorosamente o nome de todos nuns pequenos cartões...







Quando a minha amiga e família viveram em Portugal nós estávamos nos EUA.  No regresso à Dinamarca amanhã terão certamente muitas histórias para recordar.

terça-feira, 19 de novembro de 2024

O meu tapete turcomano

 


Este tapete persa turcomano foi tradicionalmente feito à mão e impressiona pelo elevado nível de fabrico e pela lã de ovelha de qualidade, segundo me disseram há muito pouco tempo, pois não sabia. Quanto mais fino e apertado for o nó de um tapete, mais pormenorizados podem ser os ornamentos e os padrões.

Os tapetes persas têm geralmente o nome da sua região de origem, este foi feito no Irão na região turcomana, junto ao Mar Cáspio e foi comprado no Iraque em 1991, pouco antes da I Guerra do Golfo.

Nos EUA ficou encharcado devido a uma inundação que tivemos em casa. No entanto resistiu, até porque as águas eram limpas.

Recomendaram-me não o deixar enrolado muito tempo, por isso agora vai ficar no chão por uns tempos.

As franjas foram restauradas recentemente.

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Em Vila Viçosa

 





Vila Viçosa recebeu de D. Afonso III (1248-1279) a sua carta de foral, em 1270.







D. Dinis (1279-1325) mandou edificar o castelo. No entanto, as obras só ficaram terminadas no reinado de D. Fernando.

O Santuário de Nossa Senhora da Conceição encontra-se no interior do castelo.

Quando chegámos estava a acabar a missa das 11 horas e podemos admirar as Capelas, o revestimento de azulejos e as naves adornadas com colunas dóricas de mármore branco. Interessante e muito bem pensado os pequenos quadros com as breves e claras explicações das diferentes Capelas, Retábulos e Imagens em português e nas línguas inglesa, francesa e espanhola, iniciativa a ser seguida.



A igreja original é do tempo de D. Fernando, mas foi remodelada na transição do século XIV para o XV. As obras monumentais que deram lugar à igreja que hoje visitamos iniciaram-se em 1596, custeadas pela Casas de Avis e de Bragança. Mais tarde, houve ainda uma intervenção fundamental na  recuperação da abóboda central, que ruiu após o terramoto de 1755.


No altar mor do século XVI encontra-se Nossa Senhora da Conceição, em pedra de ançã, oferecida pelo  Condestável D. Nuno Álvares Pereira, que a adquiriu em Inglaterra. A imagem admirável, tem ricas vestimentas, muitas delas oferecidas pelas rainhas.


A imagem de Nossa Senhora da Conceição foi proclamada Rainha e Padroeira de Portugal por D. João IV, o primeiro Rei da dinastia de Bragança, que lhe ofereceu a sua coroa. A partir de então, não mais os monarcas portugueses voltaram a usar a coroa real na cabeça.


A imagem está ladeada por dois quadros de pintura primitiva portuguesa: A Ressurreição e A Aparição de Cristo à Virgem, este datado de 1536.


A visita seguinte foi ao Paço Ducal de Vila Viçosa, depois de termos saboreado a gastronomia local.
A ida a Vila Viçosa tinha como objetivo principal ver a exposição bibliográfica "500 anos do Nascimento de Luís de Camões" e aproveitávamos para rever o Paço Ducal. Confesso que a informação logo na compra dos bilhetes, que não podíamos fotografar, deixou-nos desapontados. Aliás, trata-se de uma regra completamente ultrapassada em todos os países que tenho visitado nos últimos anos e também em Portugal. Depois a visita é feita quase na penumbra, pelo que muitos dos quadros e decorações não podem ser devidamente apreciados. Compreendemos que o pouco número de funcionários obriga que as visitas têm que ser acompanhadas por razões de segurança, contudo há que dotar as salas de luz apropriada - por exemplo os quadros de D. Carlos vêem-se muito mal e o que representa D. João IV, em frente ao de Dona Catarina de Bragança, quase não se vê. 
No final acabámos por não esperar que nos viessem abrir a porta para ver o Landau com as marcas das balas que mataram o Rei D. Carlos e o Principe herdeiro, porque devido à falta de pessoal, tinhamos que esperar que a visita seguinte chegasse ao fim para nos abrirem essa porta...


Felizmente, havia bastante luz para  apreciarmos a extraordinária coleção de obras de Luís de Camões, incluindo uma primeira edição.  Aquela importante mostra de livros reunida numa ala do Palácio de Vila Viçosa está organizada por ordem cronológica, desde aquela época aos nossos dias, havendo ainda outros de autores contemporâneos do Poeta, assim como alguns mais tardios que o estudaram, o elogiaram e o editaram. As obras expostas  mais antigas integravam a biblioteca reunida por D. Manuel II, que a deixou ao seu país. Tenho pena que a sua biblioteca não possa ser visitada. Só a vi num programa Visita Guiada. Aquele último Rei de Portugal, que morreu no exílio em Inglaterra, foi um notável bibliófilo, que se dedicou a comprar e a reunir primeiras edições com especial atenção para o século XVI português e a obra camoniana. De facto, Luís de Camões é um poeta universal, um humanista, um ícone do Renascimento, cuja obra evoca  os tempos dos Descobrimentos Portugueses.  

Apesar daqueles detalhes de organização, que a boa vontade e disposição dos funcionários procuram mitigar, gostámos de visitar, uma vez mais, o Palácio de Vila Viçosa, cuja construção se iniciou em 1501, uma iniciativa do quarto Duque de Bragança, D. Jaime.  Todavia, há que modernizar, tendo como ideia que o investimento no Palácio Ducal de Vila Viçosa é manter um monumento intrinsecamente ligado à História de Portugal.


https://www.fcbraganca.pt/galeria/