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quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

O uso da cravat


A cravat tem a sua origem nos soldados croatas do século XVII, os quais usavam um tecido atado à volta do pescoço como parte do uniforme. Quando mercenários croatas combateram em França na Guerra dos Trinta anos, os franceses ficaram fascinados e adotaram o estilo chamando-o "cravate". Até o Rei Luís XIV a usou, tornando-a um símbolo de moda e estilo para a nobreza. Diz-se que Carlos II de Inglaterra introduziu-a na Grã-Bretanha, quando regressou do exílio em França, em 1660.
A "cravat" teve, mais recentemente, os seus anos dourados nas décadas 50, 60 e 70 do século  passado, mas tem sido redescoberta e é uma maneira de compor o pescoço, quando se está a usar um estilo mais informal. Pode ser usada com blaser ou ainda com calças sport e pullover ou colete. Quando o meu marido foi a primeira vez à minha casa usou uma cravat de seda azul escura com blaser e fez sensação com a minha mãe, que sempre ligou a "detalhes", como a filha. Felizmente, continua a usar e gosto muito, é uma questão de ter confiança e bom gosto.

Hoje, numa das cerimónias de lançamento da Presidência Croata, a respetiva Embaixada vai colocar uma cravat na estátua do Rei Carol I, talvez para recordar que a moda tem origem croata e não britânica, como muitos (eu incluida) julgavam.










Na Irlanda, o Embaixador, que esteve até o ano passado na Roménia, colocou uma cravat a James Joyce.












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