A Floresta Amazónica é a maior floresta tropical do mundo, estendendo-se por nove países da América do Sul.
Porém, 62% da sua área fica situada no Brasil, no estado do Amazonas, o maior e ainda em 6 outros estados dos 26, que formam esse grande país.
A floresta detém enorme biodiversidade, composta por milhões de espécies de animais e plantas e muitas ainda nem sequer foram catalogadas.
O guia disse-nos que, há pouco tempo, descobriram uma comunidade índia isolada, que nunca tivera contacto com outras populações, falando apenas no seu dialecto próprio, o que dificultou os contatos.
A floresta é atravessada pelo rio Amazonas, o de maior caudal do mundo, que nasce na cordilheira dos Andes, no Peru e a sua foz está localizada no norte do estado do Pará, na ilha de Marajó.
Visitei países que fazem parte da floresta amazónica, como a Guiana e vivi na Venezuela. Quando fui à Colômbia, as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) ainda constituíam ameaça séria, pois raptavam e faziam turistas reféns, com a finalidade de ganhar dinheiro, projetar a sua imagem e mensagem contra o estado colombiano, pelo que nunca esteve no nosso programa visitar a floresta nesse país. Aliás, na Venezuela, quando cheguei fiquei amiga da embaixatriz da Colômbia, cujo marido esteve preso 11 anos sem ela saber se estava vivo ou morto. Era uma mulher de grande coragem, mas infelizmente regressaram ao seu país, quando nos estávamos a conhecer melhor...Guardo o livro que o marido escreveu sobre o seu cativeiro.
Quando estamos na floresta ficamos com a noção, que se decidíssemos caminhar fora dos trilhos seguidos pelos guias e que vão dar ao rio, ficaríamos para sempre perdidos naquela imensidão tropical.
Aterrar na floresta, na Guiana, 2016
Gostei de saber que neste nosso percurso no Brasil a Amazónia estava incluída. Na chegada a Manaus, fomos diretamente para o porto de embarque e seguimos num barco regional, por onde navegámos pelas águas escuras do Rio Negro até ao Lodge Amazon Ecopark. As nossas malas seguiram à frente noutro barco.
Fomos informados que o rio é a maior via de transporte, uma vez que a deslocação para outros pontos do país faz-se por barco ou avião, sendo Manaus como que uma ilha...
O guia disse-nos, que antes de ir estudar para Manaus viveu numa casa flutuante. Algumas podem ser alugadas para férias, hoje em dia.
A primeira saída, de barco, foi visitar uma aldeia de macacos. E eu que nem gosto desses bichos...
De regresso ao hotel, não resisti a experimentar uma piscina natural. A água ferrosa deixava-nos cor de laranja dentro de água. Aprendemos a fazer farinha de mandioca, alimento indispensável na alimentação dos locais e explicaram sobre medicamentos naturais. Nas aldeias não há centros de saúde e há locais que ficam a mais de 8 horas de canoa de Manaus.
Tentámos pescar piranhas. Só o guia é que teve sorte.
À noite saímos para observar jacarés (os olhos brilham na água como faróis)
Apanhou um jacaré com dois anos. Depois das explicações devolveu-o ao rio.
O dia seguinte foi o mais radical para mim, pois nadei com os golfinhos da Amazónia, que se chamam "bodos".
Numa aldeia de índios assistimos a danças tipicas e provámos alguns produtos, que colhem na floresta.
No entanto, o mais interessante foi o imperdível encontro das águas, onde as águas escuras do Rio Negro se encontram com as águas barrentas do rio Solimões, sem se misturarem, formando o rio Amazonas.
A navegação nem sempre era fácil, quando o motor do barco apanhava vegetação.
Nunca tinha visto estações de combustível flutuantes...
Sem dúvida um belo passeio...
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