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quinta-feira, 17 de outubro de 2024

O Hospital das Bonecas


Fui ao Hospital das Bonecas, na Praça da Figueira, para arranjarem uma boneca que uns amigos americanos encomendaram e ofereceram à minha filha, quando vivíamos em Ancara.

A boneca chama-se Jessica e partiu a cabeça em Portugal,  quando os meus filhos eram já adolescentes. Resolvi mandar arranjá-la para o Natal, época de recordações, apesar de ter sido oferecida numa altura um tanto amarga, entre a I Guerra do Golfo e os conflitos na ex-Jugoslávia, onde em ambos o meu marido foi chamado a trabalhar nas Embaixadas em Bagdad e Belgrado.



O arco e o chão são anteriores ao Terramoto de 1755

O Hospital das Bonecas funciona há quase 200 anos (desde 1830). Está instalado num edifcio que tem ainda vestígios da Capela de Nossa Senhora do Amparo, que ruiu com o Terramoto de 1755. Fazia parte do Hospital de Todos-os-Santos.

Há uma zona do Hospital, onde as bonecas são recuperadas e ao lado um museu particular, que pertence à mesma família, há 5 gerações.










Há bonecas de diversos materiais e algumas com cabelo humano. As mais antigas têm perto de 200 anos, mas há aquelas da minha época, como os bébés chorões e uma coleção de Barriguitas, como as que a minha filha teve.



Gostei muito de ver as bonecas e casas das bonecas (vendem acessórios para quem quiser redecorar essas casas).



O meu marido lembrava-se bem deste boneco "o palhinhas" antes de se mandar os meninos para a cama na TV, na sua altura.

A Passear por Lisboa

Creio que não ia à Baixa desde a Primavera, quando os jacarandás estavam em flor. Uma pena, pois adoro Lisboa


 Na Praça da Figueira  com o imponente Castelo de São Jorge ao fundo.
Visitei o Hospital das Bonecas


Ainda não tinha visto a nova Loja Pérola do Rossio, no meio de portas da Zara. O interior continua igual e os biscoitos que comprámos excelentes. Dei parabéns ao senhor que lá estava ao balcão pela capacidade de resistência. Depois de tantos anos de obras, reabrem iguais.

Fomos comprar bilhetes para um espetáculo infantil no Politeama para levarmos os netos, mas ainda mão estavam à venda.



Gostei muito de ver a nova fachada do edificio, onde funcionava o cinema Odeon, que nunca fui. Agora são apartamentos.

segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Larimar


 
Larimar é uma pedra semi-preciosa originária de apenas um local no mundo inteiro: a República Dominicana. Portanto, trata-se de uma raridade e daí ser bastante cara.


Hoje, ao passar por uma casa de pedras, chamou-me a atenção este colar de um bonito azul. Pensei, contudo, que o nome Larimar, na etiqueta, fosse o nome da loja. Enganei-me.

As pedras azuis simbolizam pureza, calma e espiritualidade em várias culturas. Creio que consigo identificar a safira, a água marinha, as turquesas, a calcedónia, o lápis lázuli e a tanzanite. Mas há muito mais... hoje fiquei a conhecer esta. Nunca fui à República Dominicana, se lá tivesse ido teria visto pedras larimar no seu local de origem, até porque constitui um símbolo nacional dominicano e há quem a imagine ligada à mítica Atlântida. 

Porém, desconheço a associação desta pedra com os meses do ano como acontece com outras.



sábado, 12 de outubro de 2024

Decoração de Quartos de Criança

O quarto das crianças deve ser confortável, alegre e, ao mesmo tempo, dar sensação de tranquilidade.
Tive a sorte da minha mãe, com a sua habilidade e bom gosto, ter contribuído para a decoração do quarto dos meus filhos com trabalhos de arte aplicada, que foram herdados pelas netas.
Lembro-me da originalidade das janelas, cujas partes de vidro foram cobertas com bordados infantis.


1984 e 1989


2018

A janela estava dividida em 3 partes. Ao centro uma menina a brincar com um papagaio e, aos lados, coelhinhos e um balão de ar. Em Ancara,  para onde fomos viver em 1989, as medidas eram diferentes e a minha mãe fez uma segunda versão. Quando a minha neta mais velha nasceu, a parte da menina estava muito gasta e não aproveitámos, mas as outras foram emolduradas.



No quarto do meu filho um quadro em arte aplicada, que foi feito para a minha cabeceira de cama e nas janelas carros antigos bordados, que a minha mãe copiou de um livro 


Hoje em dia também estão emoldurados

1984 e 1985


Este ano ainda foi mandado limpar, mas como os tecidos também já não eram novos quando foi feito, eram restos guardados pela minha mãe, a minha filha e eu achámos que já não valia a pena emoldurar, porque tem algumas manchas do tempo.


Aos 3 meses os meus filhos deixaram de dormir no quarto dos pais. A colcha tem uma grande abelha, que viria a ser motivo predilecto da minha neta mais velha, mas já não serviu na cama, que comprámos para a minha filha, porque era maior.



A minha filha mesmo com uma conjuntivite estava sempre bem disposta


O quadro foi emoldurado para a minha neta. Caiu um vestido do estendal... foi o vento...



quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Não Vá o Diabo Tecê-las

A exposição “Não Vá o Diabo Tecê-las”, na Cordoaria Nacional, mostra momentos importantes da tapeçaria portuguesa nos últimos 80 anos a partir de trabalhos de artistas portugueses. No piso 0 do Torreão Nascente,  podemos ver peças da Coleção Millennium BCP produzidas pela Manufatura de Tapeçarias de Portalegre. No Piso 1 estão expostas obras provenientes de outras instituições, coleções particulares e espólios de artistas, cuja produção é bastante variada, quer nas técnicas quer na utilização de materiais nas respetivas composições. 

É a partir do século XIV que a tapeçaria se afirma na Europa como objeto de luxo que decorava e aconchegava castelos e palácios, situando-se em França e na Flandres os principais centros do seu fabrico. Em Portugal não havia a tradição na produção de tapeçarias, que só se iniciou no nosso país, a partir de meados do século XX com a fundação da Manufatura de Portalegre em 1946. 

No Piso 0

Cruzeiro Seixas. Balança






Guilherme Camarinha
Graça Morais
Lourdes Castro
Júlio Resende
Vieira da Silva. Biblioteca
Almada Negreiros. Integração Racial
António Costa Pinheiro. D. Sebastião, D. João II, D. Leonor Telles, D. Inês, D. Pedro I e D. Afonso Henriques
José de Guimarães. Camões
Luís Pinto-Coelho. Tauromaquia
Júlio Pomar. Sinais
No Piso 1
Mário Dionísio
Amândio Silva
Paula Rego
João Abel Manta
Eduardo Nery. O Espaço
Alves Dias. Sol Poente
Helena Lapas apresentou uma tapeçaria como tese para conclusão do curso de Pintura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa em 1969
Altina Martins




Lisboa, 9 de outubro de 2024