No âmbito do 30º Festival de Cinema Francês em Caracas, a Embaixada de França trouxe à Venezuela produções recentes representativas da diversidade do cinema Francês.
Ontem, na inauguração do festival houve um convidado de honra: o realizador do filme Floride, Philippe Le Guay.
O filme Floride (2015) realizado por Philippe Le Guay é uma adaptação da peça de teatro Le Père de Florian Zeller.
Com 80 anos, Claude Lherminier, outrora um industrial, dono de uma fábrica de papel, torna a vida das suas empregadas complicada devido aos seus caprichos (por exemplo só toma sumo de laranja da Florida) e perdas de memória. A filha mais velha, Carole, tenta a todo o custo manter o pai no ambiente familiar que sempre viveu, apesar deste tratá-la com pouca estima. A sua relação com Thomas, o novo namorado pode ficar comprometida...
O pai decide fazer uma repentina viagem à Florida e isso vai alterar muita coisa...O filme trata de problemas sérios nas sociedades atuais, mas usando o humor, nunca se torna sentimentalão... É brilhante o desempenho dos atores Jean Rochefort (n. 1930) e Sandrine Kiberlain (n. 1968).
Achei uma excelente ideia a presença do realizador do filme. Porém, considero muito deselegante o facto de ter dito que ia falar em espanhol, pois era a língua que tinha aprendido com a sua criada Lurdes (pelo nome também podia ser portuguesa). Não é que eu tenha qualquer complexo; sei que tanto de Portugal como de Espanha, as emigrantes eram sobretudo, antes do 25 de abril, empregadas domésticas e porteiras em França (hoje em dia, conforme as notícias, "exportamos" principalmente enfermeiras e médicos e outros com uma qualificação académica superior). A situação atual é bem diferente, pois os jovens podem viver por todo o espaço europeu, à procura de melhores condições de trabalho, assim como tantos estrangeiros buscam Portugal, porque apesar dos nossos vencimentos menos elevados, ponderando diferentes variáveis, podem encontrar em Portugal melhor qualidade de vida.
Voltando ao senhor diretor, não fica bem ligar o seu conhecimento (fraco) de espanhol com as suas criadas.
O episódio de ontem fez-me lembrar ainda outro, passado num bar na Escócia, quando um impertinente britânico, vestido de fato e colete tweed, à maneira de Sherlock Holmes, me veio dizer que adorava a maneira que eu estava a falar, porque era parecida com a governanta da sua tia, uma portuguesa muito simpática... Não fora o meu marido e filho a olharem para mim, porque já conhecem as minhas reações e eu teria respondido que o meu chauffeur era britânico...
Com 80 anos, Claude Lherminier, outrora um industrial, dono de uma fábrica de papel, torna a vida das suas empregadas complicada devido aos seus caprichos (por exemplo só toma sumo de laranja da Florida) e perdas de memória. A filha mais velha, Carole, tenta a todo o custo manter o pai no ambiente familiar que sempre viveu, apesar deste tratá-la com pouca estima. A sua relação com Thomas, o novo namorado pode ficar comprometida...
O pai decide fazer uma repentina viagem à Florida e isso vai alterar muita coisa...O filme trata de problemas sérios nas sociedades atuais, mas usando o humor, nunca se torna sentimentalão... É brilhante o desempenho dos atores Jean Rochefort (n. 1930) e Sandrine Kiberlain (n. 1968).
Achei uma excelente ideia a presença do realizador do filme. Porém, considero muito deselegante o facto de ter dito que ia falar em espanhol, pois era a língua que tinha aprendido com a sua criada Lurdes (pelo nome também podia ser portuguesa). Não é que eu tenha qualquer complexo; sei que tanto de Portugal como de Espanha, as emigrantes eram sobretudo, antes do 25 de abril, empregadas domésticas e porteiras em França (hoje em dia, conforme as notícias, "exportamos" principalmente enfermeiras e médicos e outros com uma qualificação académica superior). A situação atual é bem diferente, pois os jovens podem viver por todo o espaço europeu, à procura de melhores condições de trabalho, assim como tantos estrangeiros buscam Portugal, porque apesar dos nossos vencimentos menos elevados, ponderando diferentes variáveis, podem encontrar em Portugal melhor qualidade de vida.
Voltando ao senhor diretor, não fica bem ligar o seu conhecimento (fraco) de espanhol com as suas criadas.
O episódio de ontem fez-me lembrar ainda outro, passado num bar na Escócia, quando um impertinente britânico, vestido de fato e colete tweed, à maneira de Sherlock Holmes, me veio dizer que adorava a maneira que eu estava a falar, porque era parecida com a governanta da sua tia, uma portuguesa muito simpática... Não fora o meu marido e filho a olharem para mim, porque já conhecem as minhas reações e eu teria respondido que o meu chauffeur era britânico...
Sem comentários:
Enviar um comentário