Última aula de dança

Hoje tive a última aula de salsa. Quando regressar de Portugal, em maio o meu professor já partiu para a Colômbia.

Costumo dizer que são aulas de salsa, mas na verdade bailámos Cumbia, a música típica nacional colombiana. Nos anos sessenta, diversos grupos levaram os ritmos colombianos para o México, Venezuela, Peru, entre outros países. O professor, orgulhoso, até disse hoje que se tornou famosa do Alasca à Argentina. Bailámos ao som das orquestras de dois grupos venezuelanos, Melódicos e Billos. 

Em seguida passámos à Salsa, outro estilo que se globalizou. Os emigrantes de Porto Rico levaram as suas melodias para os Estados Unidos e aí juntaram o som dos metais à maneira americana, difundindo a salsa. Salsa, em castelhano, significa "tempero". Disse-me o meu professor, os cubanos inventaram o nome Salsa e esse ritmo teve início em Brooklyn (Nova Iorque), onde o grupo Lebron Brothers, de origem porto-riquenha, entusiasmou o público, no início dos anos 1970. Espalhou-se em seguida entre as comunidades latino-americanas nos EUA e Porto Rico, depois em Cuba, Venezuela, Colômbia e outros países de língua espanhola.

Depois passámos ao Merengue, um género musical com origem na República Dominicana, nos finais do século XIX, apesar de se ter tornado popular em todo o continente americano. Desde 30 de novembro de 2016, o merengue passou a fazer parte do Património Cultural da Humanidade, como o Fado se tornou em 2011.

Hoje, além de termos falado um pouco, dançámos Vallenato, um género musical, que conheci quando visitei a Colômbia em 2014 e Carlos Vives estava no top. É um estilo inconfundível, pela utilização do acordeão. Apesar das suas raízes colombianas, globalizou-se e é muito popular em Miami.

O professor disse-me que se notava que eu gostava muito de bailar. Lembro-me ainda do meu primeiro par na dança: o meu pai. Como não sabia dançar e ainda era muito pequena, ele guiava-me enquanto eu fingia dançar por cima dos seus pés...