Escrevi na véspera um email para aquela abadia a perguntar se seria possível fazer uma visita, mas a resposta só chegou, quando ia a caminho. Disseram-me, já no local, que nesta altura do ano não há visitas guiadas a um pedido feito com tão pouca antecedência, mas que podia visitar a Basílica e um pátio interior. A minha cara deve ter mostrado o meu grande desapontamento e, ao regressar da cafetaria para comprar um livro, a senhora responsável disse-me que tinha boas notícias. Uma jovem podia acompanhar-nos na visita, mas não era guia, pelo que para sabermos alguns pormenores teríamos de alugar um audio-guia. Assim o fizemos para uma visita clássica ao mosteiro, da qual destaco a biblioteca barroca, o orgão de Bruckner na Basílica e o salão de mármore.
Lembrei-me, entretanto, do grande livro da Taschen com bonitas fotografias das mais belas bibliotecas do mundo, que tinha oferecido ao meu marido, quando foi editado em 2018; e realmente lá aparecem duas bibliotecas de mosteiros austríacos, que não visitei: a do Mosteiro de Admont, a maior biblioteca do mundo de uma abadia e a do de Kremsmünster, também na Áustria. Talvez a de São Floriano não seja tão espetacular como estas duas últimas e por isso não figura naquele enorme e bonito volume. Todavia, fiquei muito impressionada, quer pela sua concepção, beleza da sua sala principal de leitura e o grande espólio. Extraordinária realidade austríaca dispor destes grandes mosteiros com enormes e belas bibliotecas. Primeira conclusão óbvia: ao prepararem-se visitas, descobrem-se, às vezes, verdadeiras preciosidades.
As bibliotecas de Admont e Kremsmünster (fotos da net)
No livro, também são destacadas duas bibliotecas em Portugal:
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