Um terço gigante, da autoria da artista Joana Vasconcelos, foi inaugurado no Santuário de Fátima. A obra foi encomendada pelo templo no âmbito das comemorações do Centenário das Aparições.
Só visitei Fátima uma vez, em 2011 e fiquei bem impressionada com o aspecto moderno do recinto. Estava à espera de encontrar um templo dominado pelas imagens coloridas, que se vê à venda de Nossa Senhora e encontrei esculturas modernas como a do crucifixo. A recente encomenda a Joana Vasconcelos é prova disso.
O que realmente não gostei nada de ver foram pessoas de joelhos a pagar promessas.
A artista Joana Vasconcelos tem conseguido uma carreira com muito sucesso, por isso não fiquei admirada por ver um livro com as suas obras no museu de arte de Singapura.
Há realmente peças suas que acho interessantes, como o recente Galo de Barcelos e a decoração do cacilheiro "Trafaria Praia"; mas sobretudo o painel de azulejos pintados à mão, reproduzindo uma vista contemporânea de Lisboa, inspirada no grande painel de Lisboa de antes do terramoto, que se encontra no Museu do Azulejo.
Contudo há outras obras que não gosto, sobretudo os crochets que vi em exposição na Ajuda.
Este ano comemoram-se os 100 anos das "Aparições de Fátima" aos três pastorinhos. Li recentemente em Lisboa a declaração de D. Carlos Azevedo, o delegado pontifício da Cultura no Vaticano, que disse ser o momento de se falar com a “linguagem exacta” sobre o que se passou há 100 anos na Cova da Iria: foram visões místicas, não aparições. “Maria não vem do céu por aí abaixo” (Público 21/4/2017).
Não tenho imagens religiosas em casa. Infelizmente, uma belíssima Nossa Senhora do século XVIII, feita em madeira pintada, que pertencia a uma tia-avó está no Porto, pois foi herdada por outros membros da família.
Este país é muito católico e recentemente ofereceram-me uma Nossa Senhora moderna feita de um fruto pintado. Gostei muito.
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