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quinta-feira, 28 de setembro de 2017

São João da Pesqueira



São João da Pesqueira é considerada a vila mais antiga de Portugal, com foral anterior à criação  da nacionalidade portuguesa. 






Situa-se no Coração do Douro Vinhateiro, a primeira região demarcada e regulamentada de produção de vinho do mundo. Foi criada pelo Marquês de Pombal em 1756, onde nasceu o famoso vinho do Porto.



A construção da paisagem vinhateira reflete as condições geológicas da região, marcadas pelo relevo acentuado e pelos solos de xisto de diferentes durezas e colorações, cuja estrutura é essencial para a qualidade do vinho.





Em 2001 a UNESCO classificou a paisagem do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial, estando no Concelho da Pesqueira 20% da área classificada.



É aqui que está localizado o Museu do Vinho. Gostei muito de o visitar não só pelas informações, mas também pelo ambiente agradável com excelente disposição de placards interactivos e moderna arquitectura do edifício.


O Palácio do Cidrô pertencia ao Marquês de Soveral, importante personagem da região. Foi Embaixador de Portugal em Londres e amigo pessoal do rei Eduardo VII. A Real Companhia Velha comprou a propriedade em 1972.






S. João da Pesqueira tem um magnífico miradouro acima da barragem da Valeira, chamado São Salvador do Mundo.




Casa dos Távora

Foi mandada edificar por D. Maria I e ostenta o brasão real. Possui a data 1794 na frontaria do edifício. Hoje em dia é um museu.




Capela da Misericórdia.

A capela foi privada dos Távora e enquadra-se no prolongamento da residência daquela família.









Na mesma praça encontramos a Torre do Relógio e a arcada do século XVIII, que serviu de mercado.



Nas traseiras da "Praça da República" há um conjunto de casas de xisto, onde outrora residia a comunidade judaica e atualmente chama-se Rua dos Gatos.








Casa do Cabo

Este palacete pertencia à família Sande e Castro, detentora de diversas quintas no Douro. 



Com a chegada da praga da filoxera, no último quartel do século XIX, foi abandonada. Muitas peças no seu interior foram roubadas. Chegou a funcionar como tribunal, mas hoje em dia pertence à Câmara Municipal.



Gostaria de ter entrado na Câmara Municipal. No átrio da entrada encontra-se um painel de azulejos alusivos à etnografia da vinha e do vinho, que não cheguei a ver. Fica para a próxima visita...


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