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segunda-feira, 18 de junho de 2018

Almoço de despedida da A.

Conheci a A. logo após a minha chegada a Bucareste, em Outubro do ano passado. Amavelmente contactou-me para informar-me da associação dos cônjuges de diplomatas (Spohom), da qual era a presidente. No primeiro encontro do grupo fui informada do plano para a edição de um livro de receitas com a colaboração das embaixatrizes. A A. assumiu a coordenação do projeto e mesmo após a minha ida para Portugal, em dezembro, foi dando conta dos seus avanços. Finalmente foi concretizado com o lançamento do livro no passado mês de maio. Ela ficará para sempre ligada a uma obra multinacional, bilingue (em inglês e romeno), mostrando que a gastronomia pode ser igualmente uma forma de expressão universal, tal como a música. 



Hoje reuni em casa um grupo de senhoras para nos despedirmos da A., que regressa a Londres com a família.

Na minha recente estadia em Lisboa comprei uns manjericos em papel, achando que ficariam bem nesta época para decorar a mesa. E o resultado final agradou-me.





O único problema foi uma das convidadas ter avisado que tinha de viajar e não poderia vir. Assim fiquei com treze pessoas à mesa. Contactei a convidada de honra e ela disse-me que não havia problema. Sugeriu que podia fazer como o marido faz quando acontece o mesmo: coloca um urso de peluche no local.





A minha ursinha Beatriz





Como não tenho aqui ursos de peluche, mas apenas um que pertencia à minha filha e feito pela minha mãe para colocar os produtos de bebé, resolvi utilizá-lo... e aqui fica uma sugestão... Agora que o almoço acabou já está no quarto, onde vai ficar a minha neta.

Achei que devia dizer umas palavras, mas como não gosto de falar de improviso, escrevi...

Como a A. é brasileira, mencionei que foi no Palácio da Vila de Sintra, que segundo reza a tradição,  a Carta de Pêro Vaz de Caminha anunciando a Descoberta do Brasil foi pela primeira vez lida na Corte do Rei de Portugal D. Manuel I. Talvez um pouco mais que um século antes, a Rainha de Portugal Filipa de Lencastre, inglesa, tanto tinha contribuído para a  renovação desse mesmo palácio, nomeadamente ao mandar construir as duas enormes chaminés (ilustrei a ementa com uma fotografia que tirei em Sintra há algum tempo).


Falando de Rainhas, recordei, à Embaixatriz Britânica, a Infanta  Catarina de Bragança (casada com o Rei Carlos II de Inglaterra) e a sua influência na Corte Inglesa ao introduzir o costume de beber chá, pois o tão tradicional five o’clock tea começou em consequência do seu hábito de tomar chá, à tarde.

Como me inspirei, em matéria de história (o meu marido até perguntou: vais ler isso tudo? Parece que estás a dar uma aula...) ainda referi o Duque de Wellington...Foram apenas três episódios muito resumidos do passado comum entre Portugal e a Inglaterra e onde o Brasil também aparece. 


...e no hall do elevador estavam os meus bichinhos tropicais...
Um dia tenho de visitar o Brasil...

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