O comboio é o meu meio de transporte favorito. Contudo, só comecei a usá-lo com frequência depois de vir estudar para Lisboa, em 1976, porque na Madeira já não existia (a minha mãe recordava-se do Caminho de Ferro do Monte.)
Cascais- Cais de Sodré 1977
Ia muitas vezes a Cascais matar saudades do mar...
Enquanto era estudante na faculdade fiz viagens de interail pela Europa e, apesar dos comboios velhinhos nada comparados aos de hoje em dia, tenho boas recordações. Lembro-me que numa dessas viagens, uma amiga com quem viajava e eu ocupámos uma cabine vazia para cada uma se estender e dormir. A meio da noite acordei com um susto. Abriram a porta e um rapaz, que devia ter a minha idade ajoelhou-se e começou a cantar olhando para mim " You are the sunshine of my life" para espanto dos passageiros. Hoje em dia seria considerado assédio...
Quando vim viver para a Roménia pesquisei o Transiberiano, que sempre pensei fazer, mas a viagem de Moscovo a Beijing demora duas semanas, significando quase um mês de férias, o que somado ao preço exorbitante e à cabine de primeira classe ter uma casa de banho (com duche) partilhada, fez com que este projeto deixasse de ser prioridade...
Na mesma viagem apanhámos o Grand Canyon Railway com animação a bordo, pois fomos "assaltados" por um grupo simpático de bandidos mascarados perseguidos por um "irascível" xerife... quase como nos velhos filmes do faroeste...
Recordo ainda o Comboio do Fim do Mundo em Ushuaia, na Terra do Fogo, como uma grande aventura na Patagónia (Argentina), em março 2007...
Neste último verão fizemos um pequeno percurso no Mocăniță, um comboio centenário, entre Vişeu de Sus e o vale de Vaser, em Maramureș, na Roménia.
Mais recentemente, tive a estreia num comboio de alta velocidade entre Tóquio - Quioto - Shin Yokohama, o chamado Schinkansen...
Contudo nada bate a nossa viagem de aniversário entre Munique e Salzburg em março deste ano... aqueles queijinhos...
E para terminar um comboio em madeira feito no Japão para o meu neto Theo, que fez ontem 6 meses. Pode ser que um dia leia estas memórias...
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