Na iniciativa Obra Visitante no Museu Gulbenkian, a primeira veio do Museo Thyssen-Bornemisza, em Madrid e foi realizada cerca de 1640 por Rembrandt van Rijn.
Rembrandt. Autorretrato com Boina e Duas Correntes
"A obra de Rembrandt (1606-1669), que ascende a mais de trezentas pinturas e cujo legado artístico permanece como um dos mais poderosos da arte ocidental, inclui cerca de quarenta autorretratos. Nesta categoria é possível identificar, desde o final da década de 1620 até ao ano da sua morte, numa produção muitas vezes intrigante, diversas subcategorias ou grupos de composições, nas quais o artista assume, deliberadamente, papéis distintos.
Rembrandt começou por se fazer representar, num primeiro momento, bastante fiel «à sua imagem», de forma deliberadamente convencional. Uma questão relevante para a compreensão dos autorretratos relaciona-se com o facto de o pintor, a partir de 1629, ter propositadamente manipulado a sua imagem num número significativo de autorretratos.
O recurso a adereços exóticos veio também a dar origem a uma categoria de figuração que oscilou entre o retrato à l’antique e o retrato «à oriental», nem sempre de fácil diferenciação. Entretanto, Rembrandt poucas vezes se apresentou de maneira formal, à moda da época, cabendo essa exceção a Autorretrato do Artista como Burguês (1632, The Burrell Collection, Glasgow)."
Luísa Sampaio
Conservadora de pintura, Museu Calouste Gulbenkian
Conservadora de pintura, Museu Calouste Gulbenkian
Curiosamente no meu guia do museu, de 1996, este autorretrato de Rembrandt está referenciado com o número 331, no final, com a descrição das pinturas por sala (21), mas não aparece a sua fotografia.
O autorretrato convive lado a lado com as duas pinturas de Rembrandt compradas por Calouste Gulbenkian, Figura de Velho e Palas Atena, na sala dedicada à pintura holandesa.
Recebi a newsletter do museu ( https://gulbenkian.pt/newsletter/) e fiquei com vontade de ir visitá-lo. Não fiquei só pelo Rembrant...
Livro de Horas de 1526
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