A Exposição O Tesouro dos Reis. Obras Primas do Terra Sancta Museum está na Gulbenkian só até o dia 26 de fevereiro.
Mostra as doações realizadas por monarcas católicos europeus a várias igrejas da Terra Santa, ao longo de 500 anos.
A exposição esteve em França, no Palácio de Versailles, há dez anos e viajou pela primeira vez de Jerusalém para Portugal o ano passado.
Modelo da Basílica do Santo Sepulcro em Jerusalém
Jerusalém como local da morte, sepultamento e ressureição de Cristo tem um valor fundamental para as três religiões monoteístas: Judaísno, Cristianismo e Islamismo.
Com o Édito de Milão em 313, o Imperador Constantino concedeu aos cristãos a liberdade de culto no Império Romano. A sua mãe, Helena de Constantinopla, visitou a Terra Santa em 326 e mandou construir a Basílica do Santo Sepulcro e outros templos, que passaram a ser visitados por peregrinos.
Considerando a espiritualidade da Terra Santa, os monarcas europeus católicos enviaram ofertas valiosas, que representavam a projeção da sua devoção e poder. Assim, Filipe II de Espanha, Luís XIV de França, João V de Portugal, Carlos VII de Nápoles ou Maria Teresa de Áustria, efetuaram grandes doações e encaminharam recursos materiais e financeiros destinados ao sustento das igrejas e comunidades cristãs locais.
A exposição está dividida em diversos núcleos representando os diversos países e tem uma contextualização com recurso a algumas obras de arte de museus em Portugal.
Este tríptico da Apresentação do Menino no Templo do MNAA em Lisboa apresenta nos painéis laterias São Francisco de Assis e Santo António de Lisboa (ou de Pádua) figuras muito veneradas e importantes para a Custódia da Terra Santa.
Cristóvão de Figueiredo. Imperador Heráclio com a Cruz (1521-1530). Museu Nacional de Machado Castro, Coimbra
Reino de Espanha
Sacro-Império Romano-Germãnico
Esta lâmpada em ouro doada por Carlos VI, foi destruída por ortodoxos gregos e mandada restaurar pela Imperatriz Maria Teresa.
Reino de Portugal
D. João V. MNAA
Altar portátil. Oferta de D. João VI
Lãmpada de igreja em prata com esfera armilar, século XVII
Reino de França
A flor-de -lis, simbolo heráldico francês decora a maior parte dos objetos
Retrato do Rei Carlos III de Espanha (MNAA)
Nápoles tornou-se o centro do Iluminismo europeu. Após ascender ao trono de Espanha o monarca entregou a coroa napolitana e siciliana ao seu filho Fernando.
As doações feitas à Terra Santa são riquíssimas
Estão de parabéns Guilherme de Oliveira Martins, administrador da Fundação Calouste Gulbenkian, António Filipe Pimentel, diretor do Museu, André Afonso, conservador do Museu e todas as pessoas que em Jerusalém e em Lisboa tornaram esta magnifica exposição possível.
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