Recentemente vi na Embaixada de França em Lisboa duas obras de Vieira da Silva, que me deixaram indiferente. Uma foi uma tapeçaria de Portalegre na sala de jantar, que não me pareceu ali "confortável". Vi no Museu das Tapeçarias de Portalegre peças de Vieira da Silva muito mais bonitas. A outra obra estava na sacristia, que resistiu ao terramoto. Tem azulejos do século XVII (o anjo do silêncio e a representação do cíngulo (faixa em forma de cordão usada na cintura como veste litúrgica) representando a união. Por cima destes foram incorporados azulejos da Vieira da Silva com frases escritas em português, francês e latim, em azulejos simples brancos com letras da mesma cor. Fiquei francamente desiludida e pensei que tinha, em breve, de rever a Vieira da Silva que gosto muito.
E foi hoje...
Encontrámos imenso trânsito de manhã, por volta das 10.30h e até disse ao meu marido que parecia que os reformados tinham todos saido, só esperava que não fossem para o mesmo lugar que nós...
Perguntei na receção do Museu o que se tinha passado com as obras emprestadas do banqueiro Jorge de Brito, o maior colecionador português de Vieira da Silva e a jovem funcionária disse-me que não sabia, mas talvez tivessem sido emprestadas para uma grande exposição em Marrocos, que está em exibição desde outubro passado e que termina este mês...
As obras expostas da coleção permanente do museu já me deixaram satisfeita...
Em seguida partimos para o metro da Cidade Universitária, que não existia no meu tempo de faculdade e está decorado com azulejos da Vieira da Silva.
E foi assim passada a manhã, hoje...
Nota: As fotografias da Embaixada de França são da net e do livro Le Palais de Santos de Helder Carita
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