A cidade de Portalegre é considerada a capital do Alto Alentejo. È uma cidade raiana limitada a leste por Espanha e está perto da Beira Baixa, região bastante diferente da alentejana, mais montanhosa e húmida.
Gostei muito de visitar Portalegre. Poucas cidade portuguesas podem gabar-se dos seus antigos palácios restaurados. Junto dos principais monumentos, incluindo os solares, há uma breve explicação histórica, medida a aplicar em todo o país, a começar por Lisboa.
Paço Episcopal
No interior há um notável conjunto de pinturas maneiristas, único no país. Os retábulos do altar-mor e das capelas laterais integram noventa e seis pinturas realizadas por vários artistas portugueses, durante os séculos XVI e XVII. Beneficiaram muito com os recentes trabalhos de restauração, os quais permitiram a especialistas identificar alguns dos artistas e revelar que nas paredes deviam ter existido frescos.
Visitei a casa museu José Régio, onde o poeta viveu, enquanto foi professor em Portalegre. Foi transformada em museu em 1971, por iniciativa da respetiva Câmara Municipal. Com o interior inalterado, seguindo o desejo do poeta, apresenta ao público uma rica colecção de arte sacra, que o escritor foi reunindo ao longo da sua vida. De todas as peças merece destaque a invulgar colecção de mais de 400 imagens de Cristo Crucificado, os pratos "Ratinhos" e peças de cariz popular.
Um "tarro" (marmita) em cortiça
Contador, pratos Ratinhos, original colcha patchwork feita com gravatas
Como não podia deixar de ser, uma visita às Tapeçarias de Portalegre não podia faltar.
A Biblioteca de Vieira da Silva continuava exposta...
E o Almada Negreiros também.
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