Hoje em dia podemos fazer a visita seguindo a história, da época medieval ao período contemporâneo, apesar da construção não ter respeitado essa ordem cronológica. Assim, ao percorrer o belo jardim recordam-se os Trovadores e os Poetas da Renascença; como os Poetas do Barroco ao Romantismo; Poetas do século XX e Poetas dos Países de Expressão Portuguesa, totalizando 60 poetas.
O Parque é um espaço verde bem cuidado, com muitas árvores e plantas e do miradouro temos uma bela vista do Tejo e de Oeiras. Na alameda dos poetas caminhamos sobre lages com poemas gravados. Para cada poeta há um placard com uma pequena biografia e a explicação da escultura, que nem sempre é a do poeta. Visitei o parque por duas vezes, pois é demasiado grande para se ver todo numa manhã e gostei muito. Aliás, não entendo algumas críticas que li ao Parque dos Poetas, pois o conjunto é hamonioso, mesmo não se gostando de todas as esculturas e as principais figuras da Poesia Portuguesa são ali celebradas. E depois não é Portugal um país de Poetas?
O Palácio da Ventura
Por desertos, por sóis, por noite escura,
Paladino do amor, busco anelante
O palácio encantado da Ventura!
Mas já desmaio, exausto e vacilante,
Quebrada a espada já, rota a armadura...
E eis que súbito o avisto, fulgurante
Na sua pompa e aérea formosura!
Com grandes golpes bato à porta e brado:
Eu sou o Vagabundo, o Deserdado...
Abri-vos, portas de ouro, ante meus ais!
Abrem-se as portas d'ouro com fragor...
Mas dentro encontro só, cheio de dor,
Silêncio e escuridão - e nada mais!
Antero de Quental
Obelisco do Templo (2021)
Monumento Comemorativo em Homenagem a todos os que contribuiram para a existência do Parque dos Poetas
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