O melhor local para ficarmos, se queremos visitar os mosteiros pintados da Bucovina, é em GURA HUMORULUI, sendo possível visitar os mais espetaculares em apenas um dia.
A palavra Bucovina tem a sua origem no alemão e eslavo significando "faia", um dos tipos de árvores esplendorosas da região. Contudo, a maior atração aqui são os mosteiros pintados, únicos entre toda a Cristandade.
Os mosteiros são sobretudo conhecidos pelos seus frescos no exterior pintados nos séculos XV e XVI. Muitos deles conseguiram sobreviver relativamente intactos aos rigores dos invernos. Os frescos servem como testemunhos de fé e como uma forma efetiva de passar importantes histórias bíblicas a uma população, a qual era antigamente, na sua maior parte, analfabeta. No entanto, também há que não esquecer os ricos interiores, onde cada parede está repleta de símbolos religiosos e culturais. Quer uma pessoa esteja interessada em religião, história, arte ou arquitectura, as excelentes composições dos frescos com as suas cores fundem-se de forma bela e muito harmoniosa com a magnífica paisagem montanhosa e verdejante. Razões, que merecidamente, fizeram que muitos desses mosteiros, tesouros artísticos da Roménia, fossem integrados no Património Mundial da Unesco.
Mosteiro Arbore:
Mosteiro Voronet:
Durante séculos este mosteiro foi um verdadeiro centro de cultura e arte, onde se copiaram crónicas e feitas iluminuras e gerações de jovens foram aqui educados para se tornarem clérigos ou servirem na corte.
Depois de 1775, quando Bucovina foi ocupada e anexada pelo Império Austriaco e à exceção do de Putna, a vida nos mosteiros desapareceu, reassumindo apenas as suas funções em 1991.
A cor azul, que predomina no exterior, deu origem à célebre expressão "azul Voronet", considerada, pelos especialistas, única no mundo.
Mosteiro Humorului:
A torre de defesa foi construída em 1641.
Mosteiro Putna:
O museu do mosteiro foi construído em 1976. A maior parte do património artístico e histórico está preservado no recinto (uma peça única no mundo, do século XV, com bordado em seda e prata), livros, prataria e cerâmica.
Depois de visitarmos este mosteiro, iniciámos uma longa viagem até à próxima paragem, Cluj Napoca. Foi pena não termos tido tempo de visitar o mosteiro Moldovita, que estava no programa.
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