O Museu de História Nacional da Roménia fica no magnifico Palácio dos Correios, construído nos finais do século XIX, quando Bucareste era conhecida por "Pequena Paris". Está localizado na área do Centro Histórico, em frente ao também espetacular Palácio do banco CEC.
O Museu foi inaugurado em 1972 e tem um rico património, incluindo o Tesouro Nacional e uma réplica da Coluna de Trajano na sua exposição permanente. O grande hall de entrada está reservado para as exposições temporárias.
O Tesouro tem uma variada coleção de objetos, assim como joias, espadas, coroas. É dos poucos museus aqui que deixam tirar fotografias sem flash, sem se pagar qualquer taxa adicional.
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O bastão usado pelo Rei Ferdinand na sua coroação em Alba Iulia em 1922 e a coroa da Rainha Maria na mesma ocasião solene.
No Tesouro, a peça que me mais me fascinou foi um livro em miniatura com a assinatura da Rainha Elisabeta.
Como ultimamente tenho lido sobre Brancoveanu (a sua espada está no Museu do Município de Bucareste), admirei neste museu uma cruz usada por ele e o livro com os Quatro Envagelhos encadernado em ouro criado por um ourives de Sibiu, destinado ao mosteiro de Horezu.
Contudo, o espaço reservado à cópia da Coluna de Trajano, é fantástico.
Este monumento, que podemos apreciar em Roma no Forum de Trajano, celebra a vitória do Imperador Romano sobre os Dácios. A Dácia compreendia os territórios da atual Roménia e parte da Hungria e Bulgária.
A Coluna foi inaugurada em 113 AD. Sem a estátua no cimo, a coluna elevava-se a quase 40 metros. Quando Trajano morreu, em 117, as suas cinzas foram colocadas num quarto na base da coluna, apesar de não ter sido construída como monumento funerário.
No século XVI foi colocada uma estátua de bronze de S. Pedro no topo da coluna, depois de ter desaparecido, na Idade Média, a estátua de Trajano.
Contei 125 peças, cujo conjunto conta a história das duas guerras contra os Dácios e o início da romanização.
A Coluna tem um grande valor patrimonial e histórico, não só artístico, muito realista, como iconográfico- dá-nos a conhecer a vida quotidiana do exército romano, com pormenores das táticas de combate, vestuário, sendo uma excelente fonte ilustrada para os historiadores.
As réplicas da Coluna expostas no museu foram feitas por peritos do Vaticano, entre 1939 e 1943. A II Guerra Mundial e depois o comunismo (quando as relações diplomáticas com o Vaticano foram interrompidas) atrasaram a entrega e transporte das peças. Só em 1967, depois de várias negociações, as réplicas da Coluna de Trajano foram mostradas ao público, primeiro no Museu do Partido Comunista (o qual se chama atualmente Museu do Camponês) e, mais tarde, nas atuais instalações.
e uma das últimas cenas, muito dramática, quando Decébalo, Rei da Dácia prefere suicidar-se a entregar-se aos Romanos
Há pelo menos três referências a Decébalo e muitas ao Danúbio, que me fizeram recordar a recente viagem ao Danúbio
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