O Kunsthistorisches Museum de Viena impressiona logo à chegada pelo seu ar imponente.
Fica situado na Praça Maria Teresa, junto ao quarteirão dos museus.
No centro da praça está um enorme conjunto monumental em honra da Imperatriz Maria Teresa.
E do outro lado da praça fica o Museu de História Natural, também grandioso.
Os Habsburgos foram grandes colecionadores de arte. O arquiduque Ernesto era fascinado por Bruegel e possuía dez trabalhos daquele pintor.
David Teniers. O arquiduque Leopoldo Guilherme na sua galeria em Bruxelas (1651)
O arquiduque Leopoldo Guilherme tinha no seu inventário 1400 quadros.
A imperatriz Maria Teresa aceitou a sugestão do seu filho e comprou cinco quadros enormes de Rubens, que estavam em igrejas em Bruxelas e Antuérpia e, hoje em dia, são o núcleo da coleção daquele pintor genial no museu. Também fez encomendas, sobretudo ao seu pintor favorito, Bernardo Belloto, conhecido por Canaletto.
A coleção de arte do museu favorece os grandes mestres venezianos e flamengos, sendo quase inexistente pintura de origem francesa ou inglesa.
A coleção de pinturas de Velasquez é fantástica.
Gostei muito deste retrato do Doge Franzesco Erizzo, de Bernardo Strozzi. Parece um antepassado do nosso ator Ruy de Carvalho.
Também gostei muito deste retrato de Isabel de Valois (c 1560), rainha de Espanha de Allonso Sánchez Coello. A pintura do vestido é uma preciosidade. Alonso viajou quando jovem para Lisboa, onde iniciou a sua formação artística. Tornou-se aqui, protegido de D. João III, que se apaixonou de imediato pelos seus quadros,
A criação deste museu - situado na Ringstrasse de Viena, onde outrora existiam as fortificações da cidade que o Imperador Francisco José I (1830-1916) mandou demolir em 1857 para que fosse construída uma avenida ladeada de edificios grandiosos - deve-se inteiramente a esse monarca, que o inaugurou em 1891 para guardar a coleção de arte imperial, dispersa por diversos edificios. A decoração do interior do museu também é monumental.
Visitámos também uma exposição temporária Higher Powers, organizada em memória do último ano de confinamento, provocado pelo Covid. Os curadores fizeram uma ligação entre a Coluna da Peste Negra de 1679, no Graben e a situação recente, em que muitas pessoas deixaram flores, velas, como que à espera de misericórdia divina, inspirando a temática dessa exposição.
O que realmente gostei e mais me impressionou no Museu da História de Arte em Viena foram as sucessivas salas de exposição com a arte dos Grandes Mestres. Da próxima vez que for a este museu começo logo de manhã. No passado sábado, andei primeiro a passear bastante e à hora de almoço já estava muito cansada e nem sequer visitei o andar das antiguidades egípcias.
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