Bolonha é afamada por tanta coisa, que é dificil saber por onde começar. Aliás, o epíteto La Dotta, la Grassa, la Rossa (culta, gorda e vermelha) dá o mote: por ter a universidade mais antiga do mundo, fundada em 1088; ser a capital gastronómica de Itália; e ter os seus edifícios em cor avermelhada da cor de tijolo e terracota ( e talvez, porque não, devido às suas, tradicionalmente, tendências esquerdistas).
Além disso possui duas torres inclinadas, não sendo necessário ir a Pisa para ver uma, as quais são o símbolo tradicional de Bolonha. Construídas no século XII são das atrações mais antigas da cidade.
E poderia continuar exemplificando, mas começo pela Basílica de S. Petrónio, cuja construção se iniciou no século XIV e ainda está inacabala, no exterior, pois o interior com 22 capelas possui arte de valor incalculável.
A linha do meridiano no chão da Basílica e o olho solar no teto. Ao meio-dia a luz do sol entra e reflete-se no meridiano.
O Palazzo Podestà na Piazza Magiore, fica em frente da Basílica
Na mesma praça encontramos o Palazzo d`Accursio, um complexo de três palácios, dos quais o mais antigo é do século XII.
Em 1425, o Representante do Papa usou-o como sua residência e mandou construir a torre do relógio.
Hoje em dia acolhe a Càmara Municipal, a biblioteca e uma coleção de arte
No museu de arte gostei de ver dois quadros de mulheres pintoras: Artemisia Gentileschi e Lavinia Fontana, esta última filha do pintor maneirista, autor dos afrescos na capela.
A universidade recebeu estudantes de todo o mundo e as famílias deixaram a sua marca com as insignias pintadas nas paredes e tetos, até hoje
Encontrei alguns estudantes em festa, no dia em que se tornaram mestres. É costume usarem uma coroa de louros. durante todo esse dia. A expressão por exemplo «poeta laureado» tem origem exatamente nesse costume muito antigo, símbolo de vitória.
As torres Garisenda e Asinelli
Nos séculos XII e XIII a construção de torres perto das residências era uma questão de prestígio para as famílias nobres.
É um prazer andar a pé em Bolonha só para admirar os seus edificios e arcadas (a sua maioria tem arcadas e, como comentou uma estudante da cidade, o guarda-chuva não é muito usado). Foram construídas com largura suficiente para quem montava a cavalo pudesse passar por elas.
Só tive pena de ter visto na zona universitária da cidade muitos graffitis nas paredes. Era uma tristeza e como disse o meu marido deviam ser castigados e limpar com escova de dentes...
Antes de terminar não posso deixar de referir as Sete Igrejas da Basílica de S. Estevão. A primeira vez que lá fomos estava fechada, mas regressámos e ficámos maravilhados com o que encontrámos. A não perder.
O esparguete à bolonhesa, que os netos gostam tanto de comer, não é o tradicional, mas sim tagliatelle, disse-me a empregada do restaurante de comida tradicional, perto do nosso hotel.
Gostaria de voltar a Bolonha um dia, talvez se for a Cinque Terre e Génova, que não conheço...
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