Em Trakai

 

Trakai é uma pequena cidade da Lituânia a 30km da capital, Vilnius. É famosa pelo seu castelo do século XIV construído numa ilha do lago Galve. Foi a residência e capital dos Grandes Duques da Lituânia. O forte era considerado uma obra prima arquitetónica do sistema de defesa medieval, pois é o único castelo construído numa ilha no leste europeu. No século XVII estava em ruínas e só foi reconstruido no século XX. A sua localização e arquitectura gótica parecem saídas de um conto de fadas.

Podemos chegar ao castelo atravessando uma pequena ponte de madeira ou de barco. Escolhemos esta última modalidade. O meu marido e eu éramos os únicos passageiros.

Apesar das árvores ainda estarem despidas, pois parece que por este lado a primavera demora a chegar e a paisagem diferir um pouco do pequeno video que me fez querer visitar Trakai, gostei do passeio.

Na margem do lago, em frente ao castelo encontra-se o palácio Užutrakis, uma casa senhorial do século XIX. Em 1995 a casa e o terreno foram entregues à exploração do Parque Nacional de Trakai. Realizam-se aqui casamentos e outros eventos.

Na ilha há um pequeno museu. Não o achei particularmente interessante, mas claro gostei do serviço Meissen da cebola...

Na península de Trakai encontramos uma pequena comunidade de Caraítas, que se estabeleceu aqui no século XIV. As suas casas são distintas com a particularidade de possuirem 3 janelas para o lado da rua. O templo chama-se Kenessa.

Gostei muito de provar a especialidade desta região com origem neste povo: Kibinai.

No altar da Basílica da Visitação da Virgem Maria, fundada no século XV, há um ícone do século XVII oferecido pelo Papa. Esta igreja, católica, tem a particularidade de nunca ter tido outro uso além do culto religioso, ao contrário do que aconteceu a muitas igrejas durante o regime comunista, cujos edificios foram utilizados para outros fins.

A partir de Vilnius há pequenas camionetas que fazem o percurso saindo da estação de autocarros. O bilhete, comprado ao motorista, custa 3.50 euros. Como a estação turistica alta ainda não chegou, havia transporte de hora a hora. O nosso regresso é que foi mais atribulado. Apesar de termos chegado à estação 20 minutos antes e só haver um casal à espera, na hora da chegada da camioneta juntou-se uma multidão a empurrar e quando conseguimos chegar ao motorista a camioneta estava completa...voltámos de taxi, pois felizmente conseguimos apanhar um acabado de chegar à estação...