Depois da surpresa dos acontecimentos de ontem na vida politica portuguesa, hoje pareceu-me boa ideia uma nova visita ao Museu Bordalo Pinheiro no Campo Grande.
O Museu teve origem na importante coleção bordaliana do poeta Arthur Ernesto Santa Cruz Magalhães (1864-1928), o qual encomendou ao arquiteto Álvaro Augusto Machado (1874-1944) o projeto de construção de uma moradia (Menção Honrosa do Prémio Valmor de 1914), onde estavam destinadas três salas no primeiro piso para mostrar o seu espólio; as restantes serviam para uma escola feminina e residência da professora. Abriu finalmente as portas ao público pela primeira vez, como coleção particular e só com acesso ao primeiro andar, em 1916.
O edifício sofreu várias remodelações, que o dotaram de novos espaços. Em 1992, construiu-se uma Galeria de Exposições Temporárias. Mais recentemente, na sequência da construção de um prédio contíguo surgiram graves problemas estruturais. Ainda hoje em dia, a ala com o nome do fundador estava encerrada devido a problemas com o ar condicionado e só reabrirá dentro de duas semanas.
Em 1924, Arthur Ernesto Santa Cruz Magalhães doou ainda em vida o edifício e o seu espólio à Câmara Municipal de Lisboa.
Neste notável quadro, Columbano retratou o seu irmão Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905)
Bordalo Pinheiro foi um artista muito diferente de outros seus contemporâneos, com uma obra diversificada e multifacetada especialmente no desenho, ilustração e cerâmica. Ficou conhecido sobretudo como caricaturista, pela criação do Zé Povinho e a fundação da Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha. Qualquer dia irei revisitar a Fábrica Bordalo Pinheiro e a Casa Museu São Rafael em Caldas da Rainha, para ver mais cerâmicas de Bordalo Pinheiro.
Tive pena que a exposição de Querubim Lapa já tivesse acabado. Adiei diversas vezes a ida ao museu e hoje já foi tarde; e para colmatar essa falta fui à reitoria da Universidade de Lisboa ver o seu painel de azulejos...
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