Vicente Jorge Silva (1945-2020) |
Vicente Jorge Silva nasceu no Funchal, oriundo de uma família de fotógrafos. O bisavô foi o fundador do Atelier Vicente fotógrafos, hoje em dia Museu de Fotografia da Madeira.
Será talvez este ambiente onde morava, ao lado de máquinas e cenários, que lhe despertou o interesse pelo cinema.
Começou por fazer crítica cinematográfica e, mais tarde, aventurou-se como realizador de cinema, porém foi através do jornalismo, que se tornou conhecido e jornalista de referência. Começou no Comércio do Funchal, o chamado "jornal cor-de-rosa", (devido à cor do papel) um dos jornais que mais criticou o regime de Salazar, que Vicente Jorge Silva deu os primeiros passos no mundo das notícias. Após o 25 de abril o jornal acabou por se extinguir, já depois de deixar a Madeira para trabalhar no O Expresso. Enquanto chefe de redação e diretor adjunto foi responsável pelo lançamento da revista daquele semanário.
Começou por fazer crítica cinematográfica e, mais tarde, aventurou-se como realizador de cinema, porém foi através do jornalismo, que se tornou conhecido e jornalista de referência. Começou no Comércio do Funchal, o chamado "jornal cor-de-rosa", (devido à cor do papel) um dos jornais que mais criticou o regime de Salazar, que Vicente Jorge Silva deu os primeiros passos no mundo das notícias. Após o 25 de abril o jornal acabou por se extinguir, já depois de deixar a Madeira para trabalhar no O Expresso. Enquanto chefe de redação e diretor adjunto foi responsável pelo lançamento da revista daquele semanário.
Foi uma das pessoas da minha terra que triunfou em Lisboa, que respeitava e admirava pelo seu desassombro e, na minha infância, convivi com as suas irmãs.
Numa entrevista que deu em 1997, Isabel Lucas perguntou-lhe como imaginava os seus últimos dias. “Numa cabana à beira-mar”, respondeu. “Imagino-me a escrever nos últimos dias e a morrer durante a noite, calmo. Imagino a minha mulher e os meus filhos. O Miguel, o Vicente e a Laura. Ouço o mar ao fundo. Como se fosse um filme.”
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