Não visitava o palácio desde dezembro 2018. Já nessa altura escrevi: "É pena que as obras não estejam bem identificadas. Temos de andar à procura das explicações, que são demasiado breves em letra excessivamente pequena" E passados estes anos nada melhorou. Vou exemplificar. Chegamos a uma sala onde se lê: "... cinco pinturas encomendadas por D. João V: SAGRADA FAMÌLIA de VIEIRA LUSITANO, 1730; SAGRADA FAMÌLIA de AGOSTINO MASUCCI, 1730... Qual é qual?
Esta é a do Vieira Lusitano.
(felizmente existe o google, mas não dá para fazer uma pesquisa a toda a hora)
E há muitas peças que não estão sequer indicadas.
Depois fiquei horrorizada com a profusão de flores artificiais em tantas salas...
Gostei muito de ver as pinturas de Silva Porto de 1880
Pintura de Abel Cardoso (1877-1964) O Cair da Folha
Sala D. Pedro V. Presumo que o busto seja de D. Estefânia, mas sem informação. Há alguns anos, durante uma visita guiada, disseram-nos que a rainha Estefãnia morreu virgem...
O piano de D. Maria Pia fez-me recordar o mordomo Vital Fontes:
"Era muito irrequieta ...as viagens dum lado para o outro do País deram-me muito trabalho porque naqueles vários palácios nada havia capaz e tudo tínhamos de levar de cá. Para fazer as coisas como a Sra D. Maria Pia desejava tinha de se andar dum lado para o outro com carrões de móveis e roupas, porcelanas e cristais...da Ajuda para Mafra ia tudo...até um piano, e logo atrás um afinador, que com a Srª. D. Maria Pia tinha que andar tudo afinado... em Mafra fez montar o primeiro elevador que se conheceu em Portugal. Era capaz de subir dez pessoas, mas à custa doutros tantos homens que o puxavam à corda" (pág 30-31).
A biblioteca só por si vale a visita.
Tenciono regressar brevemente a Mafra, quando o Museu da Música ali reabrir. Esteve previsto para o ano passado, abril deste ano, e agora espero que aconteça até ao fim do ano, conforme a informação de um funcionário.


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