Aproveitando estarmos a viver no centro da Europa, a aproximar-se a nossa saída desta região e o facto de a partir de Viena haver viagens curtas e económicas para muitos destinos bastante longe de Lisboa, porém entre uma e duas horas daqui, decidimos, desta vez, passar um fim-de-semana comprido na Sardenha.
A Sardenha é a segunda maior ilha do Mediterrâneo com 24,100 km² (a ilha da Madeira tem 741 km² ) .
A minha filha já nos tinha alertado para a dificuldade em percorrer a ilha, pois embora ela e o meu genro tenham alugado um carro, não há autoestradas no noroeste e guiavam horas, vendo muito pouco.
Antes da nossa partida alguns amigos perguntaram se íamos para a Costa Esmeralda, onde se encontram as melhores praias da Sardenha e dissemos que só para grandes estadias é que compensava fazer uma viagem longa de mais de 3 horas do aeroporto para ir à praia. Além disso também tinhamos curiosidade em visitar a capital, Cagliari.
Escolhemos um hotel que nos pareceu bonito pelas fotografias, com uma praia privada e perto de uma marina. Logo no dia da chegada estivemos na praia. À semelhança de Pafos, em Chipre, tinha muitas pedras, quando entravámos na água, mas o local era muito agradável e ficava na continuação da piscina.
O tempo é que não esteve muito agradável. Vimos que no sábado estava previsto chover e por isso preferimos perder um dia de praia na sexta-feira para visitarmos Cagliari sem chuva.
Conta a lenda que o Diabo ao ver a beleza do golfo de Cagliari decidiu conquistar a Terra, mas Deus enviou os seus anjos para o impedir. Durante a luta, que aconteceu no céu, por cima do golfo, o cavalo de Lucifer perdeu a sua sela, que caiu no mar e ficou petrificada, criando o promontório que se vê hoje em dia.
A Sela do Diabo fica numa extremidade da Praia do Poeta, 8 km de areia e considerada a melhor praia da área de Cagliari.
Para visitarmos a cidade há a possibilidade de se ir de autocarro, a linha PF que parte a 200 m do hotel e demora uma hora. O único problema é que depois de diversas tentativas não conseguimos comprar o bilhete através de uma aplicação do telemóvel e resolvemos ir de táxi. O taxista era muito simpático. Agora, sempre que disser mal dos taxistas italianos tenho que abrir uma exceção relativamente aos da Sardenha; mas gostei, em especial, daquele que nos levou até ao centro da capital, pois, além do mais, o carro era novíssimo, um Toyota Rav híbrido... e por mim já escolhi o carro da reforma...
Perguntámos ao motorista quanto tempo era a viagem de barco entre a Sardenha e a Córsega e disse ser apenas 50 minutos. No dia em que ficámos no hotel por causa da chuva pensei que deviamos ter programado um passeio até a Córsega, só que depois vimos que a partida é do extremo norte da ilha e até lá chegarmos mais de 4 horas de carro...
Uma das praças principais da capital é a Praça Mateotti, onde ficam as estações de comboios e autocarros e a principal rua de compras: a Via Roma, o Palácio Civico (a Câmara Municipal) e um posto de turismo.
Esta rua é conhecida pelas suas arcadas, contudo não são tão extensas e atraentes como as de Bolonha. A marina de Cagliari fica perto e nesta área encontram-se bons restaurantes de peixe.
Gostei da minha Fregola...
O Bastião de S. Remy, foi construído entre 1896 e 1902 nas antigas muralhas da cidade, ligando os três antigos bastiões espanhóis de Zecca, Sperone e Santa Catarina. Deve o seu nome ao primeiro vice-rei de Piemonte, o Barão de S. Remy (Filippo-Guglielmo Pallavicini).
É um monumento elegante em estilo neo-clássico com colunas coríntias e construído com arenito, que existe em abundância na região e é semelhante à pedra calcária portuguesa. A escada dupla começa na Praça da Constituiçao e marca a entrada no grande passeio coberto com cores claras e alegres. Por baixo do arco, que domina este monumento, encontra-se uma escadaria circular que nos leva ao conhecido Terraço Humberto I, para admirarmos a vista panorâmica do mar da Sardenha.
Cagliari e Nápoles foram as cidades italianas mais bombardeadas durante a II Guerra Mundial. Cagliari viu 70% dos edifícios da sua herança cultural destruídos, provocando mais de mil vitimas e 40 000 pessoas sem abrigo.
Continuámos a subir até chegarmos à catedral, do século XIII, renovada nos séculos XVII e XVIII
O Reino da Sardenha ou Sardenha-Piemonte foi um estado no sul da Europa do século XIV a meados do século XIX. Antecedeu o Reino de Itália (1761) e a atual República de Itália (1946). Cagliari, a capital da ilha era a sede dos vice-reis, enquanto que a cidade de Turim, a capital dos Saboias, era, desde o século XVI, onde de facto estava o governo do reino. Quando os territórios da Casa de Saboia foram anexados por Napoleão, o rei mudou-se para Cagliari, pela primeira vez.
A Torre do Elefante e de S. Pancrácio faziam parte das fortificações da cidade. Construídas no século XIV sofreram diversos ataques: em 1708 por bombardeamentos ingleses; em 1717 por canhões espanhóis e em 1793 por um ataque francês….
Têm um portão que é a entrada no quarteirão do Castelo.
Porta Cristina (1825) e entrada no antigo arsenal dos Saboia, o maior complexo de museus da Sardenha.
A Pinacoteca estava em obras...
No sábado choveu praticamente todo o dia. Adiantei muito o livro comprado para a viagem à Sardenha. Não tive muita sorte ao crapô...
No domingo não choveu. Fui à piscina, ao mar, à marina, onde almoçámos e passeámos pelo bonito jardim...
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