É uma terra que soube preservar a paisagem, na qual convivem o Minho e Trás-os-Montes, tendo um vasto património cultural e histórico, que gostámos muito de visitar.
Impossível ficar indiferente, quando chegamos à vila de Cabeceiras de Basto e deparamos com o magnífico mosteiro barroco de S. Miguel de Refojos.
Construída no século XVIII, é a maior igreja beneditina edificada de raíz em Portugal, no período barroco e a única, no nosso país, com zimbório, no cimo do qual se encontra uma estátua com 2 metros de altura representando S. Miguel, o padroeiro do mosteiro.
A fachada apresenta duas torres, nas quais foram abertos nichos com imagens de S. Bento e Santa Escolástica, padroeiros da Ordem Beneditina. Só uma das torres é que tem sino e relógio, a outra foi erguida para fins de simetria, essencial no estilo barroco.
Sobre o pórtico, o brasão da ordem beneditina e um varandim com um nicho e a imagem de S. Miguel. e no cimo a data de construção.
e orgão de tubos, sendo um deles mudo, só para obedecer á simetria...
A tela do altar-mor representando a Santíssima Trindade e S. Miguel, atribuida a Pascoal Parente (pintor italiano que veio para Coimbra em meados do século XVIII e viveu em Portugal até à sua morte em 1793) foi restaurada há relativamente pouco tempo e pode ser subida ou descida mediante um sistema de roldanas.
De salientar ainda as obras recentes no telhado da igreja, zimbório, coro e sacristia, que realçam esta jóia do património cultural de Cabeceiras de Basto e de Portugal.
A Sacristia seiscentista, hoje Museu de Arte Sacra, possui, além de outros elementos de interesse, um arco inclinado, único nos monumentos de Portugal.
Os claustros e a biblioteca recentemente restaurada, onde os livros de uma doação estão ainda a ser catalogados.
Gostaria muito de agradecer à responsável pelo turismo que nos fez uma visita guiada pela igreja, museu de Arte Sacra (abriu propositadamente) e nos levou à biblioteca, na parte do mosteiro, onde também funciona a Câmara Municipal.
Um excelente exemplo da hospitalidade minhota. Bem haja!
O "Basto" é dos monumentos mais raros da região. Estátua do século I a.c. que foi modificada em 1612 e depois em 1892. Acrescentaram-lhe um barrete e fortes bigodes...
Vou voltar a Cabeceiras de Basto e visitar a Casa da Lã, a Praia Fluvial e o maior espigueiro de Portugal em Carrazedo.
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