O Museu encontra-se instalado na Casa Mogo de Melo, um solar com capela adquirido pela Câmara Municipal de Torres Novas
No mesmo andar havia uma exposição sobre os 100 anos do nascimento de Mário Cesariny.
No segundo andar encontram-se telas do mestre Carlos Reis (1863-1940), assim como algumas peças de mobiliário pertencentes à família do pintor.
Carlos Reis nasceu em Torres Novas no mesmo ano que o rei D. Carlos. A coincidência do nome, data de nascimento e a aptidão artística de ambos deve ter motivado uma amizade que fez com que o rei (ainda príncipe) decidisse ajudar o jovem pintor, atribuindo-lhe uma bolsa mensal dos seus próprios rendimentos, que fez com que Carlos Reis pudesse prosseguir a sua vida de artista em Lisboa e, mais tarde, como bolseiro em Paris, deixando de ser empregado de comércio.
A gratidão para com o rei valeram-lhe após a implantação da República o afastamento do cargo que então ocupava como diretor do Museu de Arte Contemporânea.
Móvel de pintura do rei D. Carlos. Foi oferecido a Carlos Reis pela rainha D. Amélia, após o regicídio.
Carlos Reis foi aluno de Silva Porto. Em Paris conheceu Eça de Queirós e ofereceu-lhe uma bonita tela, que está exposta na Casa de Tormes.
Foi amigo de Columbano, que pintou este famoso retrato de Carlos Reis (coleção privada).
Carlos Reis esteve envolvido na fundação de várias associações de artistas plásticos como a Sociedade Nacional de Belas Artes, em 1901.
A paisagem, os costumes e o retrato são os três géneros que identificam a pintura de Carlos Reis. No museu estão representados esses três estilos.
Outono, Põr do sol, Vale de Colares e Quinta da Lagartixa estão dentro da temática Paisagem.
Interessante saber que a Quinta da Lagartixa, na Lousã, funcionava como atelier do pintor. A casa e o interior foram recuperados e estão na fase de restauro dos móveis e, segundo informação telefónica da CM da Lousã, a abertura ao público está para breve.
A representação de cenas da vida rural inserem-se na temática Costumes
Sem comentários:
Enviar um comentário