Golda é um filme-documentário sobre a vida da primeira ministra israelita Golda Meir, durante a guerra de Yom Kippur de 1973, quando as forças árabes lideradas pelo Egito e a Síria invadem Israel, durante o mais importante feriado religioso judaico. A personagem principal é representada por uma das melhores atrizes do nosso tempo: Helen Mirren e a sua caracterização está excelente (recordo-me de ter visto o filme A Woman Called Golda, de 1982, com a Ingrid Bergman, mas a beleza da atriz como que se sobrepõe à personagem que representa).
O filme é triste e muito dramático, pois retrata as decisões que tem de tomar, sabendo que serão trágicas para os soldados israelitas, cujo número de mortes aumenta tragicamente. Achei exagerado o número de cigarros que fuma (saí do filme com falta de ar), mostrando apenas uma faceta da primeira ministra, com inúmeras reuniões com os seus ministros e conselheiros a visualizar mapas. No final do filme aparece um extrato de um video da verdadeira Golda Meir a falar com Sadat, com muito humor e sedução no seu papel como mulher. Acho que no filme isso poderia ter sido mais revelado.
Há uma cena fantástica com Henry Kissinger representado por Liev Schreiber, quando o secretário de estado norte-americano é obrigado a comer borscht na casa da primeira ministra. Kissinger, ao sentar-se à mesa, diz que ela tem de compreender que primeiro é americano, segundo é secretário de estado e, em terceiro, judeu; Golda Meir recorda-lhe que em Israel lê-se da direita para a esquerda...
Esta mulher determinada, que trata calorosamente os seus funcionários soube-me a pouco para ficar a conhecer a verdadeira Golda. É um filme interessante.
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