sábado, 20 de maio de 2023

Regresso a Viena


Viena fica a 1 hora de comboio de Bratislava, onde vivo. Ir à Áustria para quem mora na capital da Eslováquia nem sequer soa como ir ao estrangeiro. A primeira paragem do comboio é em Kittsee, na Áustria, 5 minutos depois da partida de Bratislava. Quando, às vezes, lá vou para ir às compras vou de carro e demoro um pouco mais- 15 minutos.
É a partir do aeroporto de Viena, a 40 minutos de carro da minha casa, que fazemos a maior parte das nossas viagens, apesar de Bratislava também ter um aeroporto, mas com menos voos. Para mim, ir ao aeroporto da capital austríaca torna-se mais próximo do que para um vienense, que more no centro da cidade.
Apesar de ser perto, já não ia a Viena desde setembro, quando a minha irmã veio visitar-me. De Viena partimos para Budapeste e apanhei lá uma amigdalite tão forte, que estive uma semana de cama e assim já não pudemos ir uma vez mais a Viena como tínhamos previsto.

Hoje, o objetivo do passeio foi ir ao museu Belvedere ver a exposição Klimt. Inspired by Van Gogh, Rodin, Matisse...



Nos jardins do museu

Fui espreitar, quase ao lado, o Palácio Schwarzenberg para ver se as obras já estariam terminadas, pois há muito tempo que está fechado. Percebi que vão ainda demorar muito tempo.
 


O Palácio funcionava como hotel de luxo e foi usado nas filmagens do filme de James Bond The Living Daylights, passado em Viena e Bratislava. Gostava de conhecer a tão afamada entrada de mármore...

Depois seguimos a pé na direção de Karlsplatz. Só usámos o mapa para termos a certeza que se tratava do caminho certo...


Passámos pela Karlskirche, o Pavilhão arte nova de Otto Wagner, a Estátua de Brahms e apanhámos o metro até Herrengasse para almoçarmos no icónico Café Central. A ementa não me seduziu (aliás, uma culinária que se gaba de ter panquecas- Kaiserschmarrn- como sobremesa, está tudo dito).
É sempre a mesma coisa: salsichas e panados de frango (Wiener Schnitzel). Apetecia-me uns ovos mexidos com salmão fumado, mas estava no menu do pequeno almoço e já não serviam. A parte da pasteleria e cafés é que fazem a diferença. O bolo que o meu marido escolheu era muito bom. A minha torta de apfelstrudel saborosa...


Passámos pela Catedral de S. Estevão para eu fotografar o telhado de azulejos com o brasão dos Habsburgos, que nunca tinha reparado.


Fomos ao interior rever o belíssimo altar de Wiener Neustadt, do século XV, oferecido pelo Imperador Frederico III ao mosteiro cisterciense Neukloster em Wiener Neustadt, onde está sepultada a sua mulher, Leonor de Portugal. Também revi o túmulo do imperador Frederico III, que demorou 45 anos a ser construído e só ficou concluido 20 anos após a sua morte. Ao longo do sarcófago pequenos monges esculpidos rezam pela alma do imperador.



Passeámos pelo Graben, descemos a Kärntner Straße e apanhámos o metro para a estação ferroviária. Chegámos a casa por volta das sete. Foi um bom passeio, agora quase na despedida...

Sem comentários:

Enviar um comentário