quarta-feira, 12 de julho de 2023

Komárno

 

O rio Váh a desaguar no Danúbio

Desde que cheguei à Eslováquia e comecei a ler os guias sobre o país, fiquei curiosa acerca desta cidade na fronteira com a Hungria. A visita só se proporcionou hoje, dias antes da despedida de Bratislava. Mais vale tarde do que nunca…

No caminho de Bratislava a Komárno encontramos uma paisagem plana com extensos campos de cereais e plantações de girassóis. Também vi muitos centros de jardinagem. Só me apetecia ir espreitar, mas contive-me. À medida que nos aproximamos da cidade todas as casas têm um pequeno jardim bem cuidado e muitos com alfazemas.



Komárno tem uma posição estratégica na confluência de dois rios: o Danúbio e o Váh, o maior rio da Eslováquia, que nasce nas montanhas Tátras e desagua perto de Komárno. 




Rio Váh 403km e Danúbio 2860km


Historicamente, Komárno era formada pela velha cidade na margem esquerda do Danúbio, a atual cidade na Eslováquia e uma mais recente, na margem direita do rio, a atual Komáron, na Hungria. Depois da I Guerra Mundial e com a formação da Checoslováquia, a localidade ficou dividida em duas, pois a fronteira natural, a sul, era o grande rio Danúbio. Os dois países estão ligados por pontes. E a ponte Elizabeth, construída em finais do século XIX, continua a unir, e ao mesmo tempo, marcar a fronteira entre os dois países.



A Ponte Elizabeth tem o nome da mulher do Imperador Francisco José, mais conhecida por Sissi. Foi inaugurada em 1892. No final da II Guerra Mundial, os soldados alemães, em retirada, fizeram explodir os dois arcos centrais da ponte, à semelhança do que fizeram na capital.


Na ponte sobre o rio Danúbio


Metade da ponte é território eslovaco e a outra metade húngaro

Komárno esteve no cruzamento de importantes rotas comerciais e, hoje em dia, depois de Bratislava é o segundo maior porto do Danúbio na Eslováquia. Não admira por isso que a cidade tivesse sido, originalmente, construída como uma fortaleza.

A fortaleza consiste em 3 partes: a primeira do século XIII, completada no século XVI, a segunda, do século XVII, ligada à anterior por uma ponte e a do século XIX, construída durante as Guerras Napoleónicas.

Na fortaleza

A Catedral de Santo André (recontruida em 1860) estava com andaimes no interior.

Achei interessante existir, como em Bratislava, um Palácio Zicky Hoje em dia é a sede do Museu do Danúbio.


Palacio Zicky sede do Museu do Danúbio


A estátua é de Mór Jókai um escritor que foi muitas vezes comparado a Dickens e ambos eram admirados pela rainha Victoria






 A Câmara Municipal de Komárno

A Praça Europa representa a arquitetura de 45 países. Fiquei desiludida com a de Portugal. Não achei representativa.





E a identificação dos países está inscrita numa placa muito pequena, que se descobre com dificuldade.






Na Praça Europa








Num parque da cidade encontrei a estátua de S. Estevão, o primeiro rei cristão da Hungria.







A estátua de Franz Léhar (1870-1948), compositor, célebre pelas suas operetas, nascido em Komárno
.


Franz Léhar alcançou grande sucesso com a valsa Viúva Alegre. Quem diria que esta melodia tão bonita era a favorita de Adolfo Hitler?




Antes do regresso a Bratislava ainda fui ver A Torre da Água (1902)

 





Vivi dois anos e meio na Eslováquia. Apesar da epidemia do covid, tentei visitar a maior parte deste bonito país:

Em Bratislava:

O Castelo de Bratislava
Visita ao Castelo de Bratislava
Passeio a pé em BratislavaA estátua de Schöner Náci
Mais esculturas no centro de Bratislava...

A Bruxa de Tibor BártfayBratislava musicalMuseu do Palácio PálffyPasseio a pé em BratislavaTrnava e arredores
Modra

Ľudovít Štúr (1815-1856)
Juraj JánošíkA Aldeia pintada de Čičmany

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