O castelo de Smolenice avista-se a quilómetros de distância, apesar de não ser muito grande. Em eslovaco há duas palavras para designar castelo: Zamok quando é pequeno e Hrad, quando é grande e parece mais uma fortaleza.
Apesar de não estar na lista dos castelos mais espetaculares da Eslováquia, merece uma visita, sobretudo para conhecer a sua arquitetura e a beleza da paisagem ao seu redor.
As ruinas do castelo em 1899
Está situado, onde outrora havia uma castelo (desde o século XV), mas encontrava-se em ruínas desde o século XVIII. Só foi reconstruido no século XX, por ordem do Conde József Pálffy, um nome reconhecido para quem visita castelos na Eslováquia, pois todos os que visitei pertenceram em certo momento histórico a esta família aristocrática.
Um pequeno caminho de ferro para transporte
de material para a reconstrução
Foram mandados fazer dois planos de reconstrução: um na Hungria e outro na Áustria, mas foi escolhido o modelo austríaco da autoria do arquiteto Jozef Hubert, a fazer lembrar o castelo Kreuzenstein, perto de Viena com um estilo romântico, favorito na época. Participaram na construção artesãos vindos da Itália, Alemanha, Áustria, Hungria, assim como trabalhadores das vilas mais próximas de Smolenice.
O conde Pálffy a passear com os filhos
Em 1945, o castelo sofreu com danos provocados pela guerra e no mesmo ano tornou-se propriedade do estado. Foram feitas algumas obras de reconstrução. Em 1953, foi entregue à Academia Eslovava de Ciências, que transformou o castelo num centro de seminários e conferências. O castelo também serve de hotel para muitos participantes e pode ser alugado para festas de casamento. A sua antiga mobília foi enviada para o Castelo Červený Kameň. O recheio atual é pouco interessante. Visita-se a sala de conferências, o hall de entrada e depois sobe-se à torre, que tem dois patamares com pequenas exposições: a de fotografias, que reproduzi algumas e uma, original, de carrinhos de bébe. Realmente o mais interessante é a vista do cimo da torre e as explicações da guia.
O castelo só está aberto ao público no verão nos meses de julho e agosto. Não nos podemos deixar intimidar com o sinal de proibição de trânsito na subida da colina. Deixámos lá o carro, mas passados uns 200 metros começou a chover e decidimos ir buscá-lo, até porque a subida era acentuada e eu ficaria cansada para depois visitar o castelo. Qual o nosso espanto por ver que não eram apenas um ou dois carros estacionados no cimo da colina e dentro do castelo, onde a guia nos esperava...
Os espelhos venezianos foram as peças mais bonitas
A guia informou-nos que o caminho que subimos de carro foi arranjado para a estadia de um dia de Nikita Khrushchov (1894-1971) no castelo a caminho do célebre encontro, de 1961 em Viena, com o Presidente norte-americano John Kennedy
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