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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Alguns Monarcas Ingleses


William I, da Normandia, o “conquistador”, tornou-se rei de Inglaterra após a vitória na batalha de Hastings, em 1066. Foi coroado na abadia de Westminster em 25 de Dezembro do mesmo ano. Mandou construir muitos castelos e fortalezas em toda a Inglaterra, como forma de garantir o domínio das terras conquistadas. A Torre de Londres foi mandada construir no seu reinado. O francês foi introduzido na corte, tornando-se a língua oficial utilizada pelo governo, administração e leis. O latim era usado pela Igreja. Passou a haver uma divisão de classes com base na língua falada. As classes dominantes falavam francês e o povo inglês. A língua inglesa apoiava-se numa forte tradição oral e escrita e por conseguinte nunca foi esquecida. Só no século XIV, o Inglês voltou a ser dominante. A publicação da obra Canterbury Tales de Geoffrey Chaucer, naquele século, revela, no entanto, que a língua inglesa tinha sofrido modificações profundas e muitas palavras francesas tinham sido adicionadas.

Richard I, cognominado “Coração de Leão” devido à sua coragem na guerra, viveu fora de Inglaterra, durante a maior parte do seu reinado, pois esteve muitos anos na Terra Santa como cruzado. Após a sua morte, sucedeu-lhe o irmão John I, cujo reinado foi marcado por conflitos sobre os limites do poder real. A Magna Carta (1215- chamada assim, porque se tratava de um acordo pormenorizado e longo, entre a coroa e a nobreza) garantiu os direitos e liberdades da classe nobiliárquica. Os reinados destes dois monarcas coincidem com o período das aventuras de Robin Hood, figura lendária de herói medieval, cuja tradição diz que roubava aos ricos para dar aos pobres. Esta obra, adaptada, é estudada pelos alunos do 7º ano.

Henry VIII ficou conhecido por se ter casado seis vezes e por ordenar a execução de duas das suas mulheres (Anne Boleyn e Catherine Howard). Governou como rei absoluto. Separou-se da Igreja católica, quando não conseguiu obter a aprovação do Papa para anular o primeiro casamento. Proibiu a existência de mosteiros, apoderando-se da riqueza da Igreja. Fundou a Igreja Anglicana, tornando-se o seu chefe supremo. Estes acontecimentos inserem-se no movimento da Reforma, em Inglaterra. 


Elizabeth I. Era filha de Henry VIII e de Anne Boleyn. É conhecida como “a rainha virgem”, porque nunca casou. Continuou a obra centralizadora e de reforma clerical do pai. O seu longo reinado transformou-se num dos mais populares da História de Inglaterra. Durante esse período, de meados do século XVI ao princípio do século XVII, os ingleses alcançaram a sua primeira grande vitória naval ao derrotarem a Armada Invencível (Spanish Armada - esse colapso militar espanhol tornou impossível a invasão do território inglês, frustrando as ambições de Filipe II de Espanha, que fora casado com a Rainha Maria Tudor, filha de Henrique VIII e meia-irmã de Isabel I, em dominar a Inglaterra com base no argumento da ilegitimidade de Isabel I e, portanto, revelou-se fundamental para a manutenção da independência inglesa). No seu reinado registou-se ainda a primeira tentativa para a fundação de uma colónia na América, no atual estado da Virgínia dos Estados Unidos. A Inglaterra começou a afirmar-se como uma grande potência marítima. Verificou-se  também a solidificação da língua inglesa, a base do inglês moderno, correspondendo a um dos períodos de ouro da literatura em Inglaterra, nomeadamente com a grande popularidade do teatro e em especial do dramaturgo e poeta William Shakespeare. Isabel I foi o último monarca da Dinastia Tudor.


Charles II subiu ao trono, após o único período republicano de Inglaterra, cujo líder foi Oliver Cromwell. No seu reinado deu-se um incêndio de enormes proporções (Great Fire of London), que destruiu grande parte de Londres, incluindo a catedral de St. Paul. Casou com D. Catarina de Bragança, princesa portuguesa, filha de D. João IV e D. Luisa de Gusmão. Não foi uma rainha popular em Inglaterra, por ser uma católica muito devota, por não ter tido filhos e a constante infidelidade do rei constituiu também um factor de pouca influência. Sublinhe-se, no entanto, que Carlos II sempre lhe mostrou grande respeito, protegendo-a em todos os momentos, quando os partidos dos protestantes mais sectários procuraram atacá-la. Dona Catarina teve também muitas dificuldades de adaptação, pois não dominava bem a língua inglesa e o clima era muito mais frio que em Portugal. (Ler: Tea Time-uma pausa para o chá)


William and Mary , apoiados pela facção protestante, depuseram o rei James II, acusado de favorecer o regresso do catolicismo e nomear muitos católicos para o governo . Este acontecimento chamado Glorious Revolution foi muito importante no reforço do poder do Parlamento. Através de legislação, impôs-se que o monarca não poderia introduzir impostos sem o consentimento parlamentar. Outra lei adoptada obrigava que todos os futuros monarcas fossem protestantes.


George III. Praticamente todo o século XVIII foi governado por monarcas com o nome de George, facto pelo qual se chama à Inglaterra deste período Georgean England. A união da Grã Bretanha e Irlanda, no chamado Reino Unido ocorreu no seu reinado. A Guerra da Independência foi ganha pelos colonos Americanos, o que levou à formação dos Estados Unidos da América, em 4 de Julho de 1776.





Victoria foi de todos os monarcas de Inglaterra quem governou durante mais tempo – 64 anos, razão pela qual o seu nome surge ligado ao longo período que governou e ao estilo de vida da época: costumes, educação, e até o mobiliário de estilo “vitoriano”. Nasceu no Palácio de Kensington, em Londres e o quarto onde viveu até aos 18 anos, quando se tornou rainha, está aberto ao público. Casou com o príncipe Alberto de Saxe Coburg- Gotha, primo do rei de Portugal, D. Fernando II. Teve nove filhos, o que fez com que através dos casamentos destes tivesse relações familiares com a maioria das casas reais da Europa. Ficou viúva muito nova e após a morte do marido usou preto para o resto da vida. O seu reinado coincide com o período de apogeu do Império Britânico.




George V mudou o nome da dinastia Hanover com forte conotação alemã para Windsor, a actual, devido aos fortes sentimentos anti- germânicos dessa época. O seu reinado foi marcado pela divisão da Irlanda do norte, que pertence ao Reino Unido, e a Irlanda do sul, um país independente desde 1922. Deveria suceder-lhe o seu filho mais velho, Edward VIII, mas este abdicou do poder para poder casar com uma mulher americana, divorciada, Wallis Simpson. Por este motivo subiu ao trono o pai da actual monarca, George VI. Durante a II Guerra Mundial optou por ficar em Londres com a família, apesar dos bombardeamentos que a capital foi alvo, o que lhe granjeou um forte apoio de todos os Londrinos. Recentemente estreou o filme “The King´s Speech”, galardoado como melhor filme, retratando os problemas de fala deste monarca.

1 comentário:

  1. It's interesting that despite King's speech, all those monarchs have either been directly or indirectly represented in a variety of other movies and tv series!

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