A minha Lista de blogues

quarta-feira, 31 de agosto de 2022

De comboio até Cascais

 



Hoje fomos até Cascais de comboio- a primeira viagem dos meus netos...


Fomos só dar um passeio, mas a praia estava tão irresistível... 
comprámos fatos de banho e lá fomos nós....




segunda-feira, 29 de agosto de 2022

O TIO

 


O meu neto mais novo chama-se Theodore. A família chama-o Theo à inglesa / θɪ́jəw/ , mas confesso que o Theo à inglesa soa muito como o "tio" português.
No outro dia, durante as férias chamámos por ele e a resposta: " Eu não sou Tio... Tio é o outro "

Pois, a aprender fonética com o meu neto de 3 anos...


Confiança

 


Confiança

O que é bonito neste mundo, e anima,
É ver que na vindima
De cada sonho
Fica a cepa a sonhar outra aventura…
E que a doçura
Que se não prova
Se transfigura
Numa doçura
Muito mais pura
E muito mais nova…

                 Miguel Torga

Foto- O Charlie em Stamford

domingo, 28 de agosto de 2022

Maria de Lourdes Pintasilgo

 Mulher de um Tempo Novo


Hoje fui ao Palácio de Belém ver a exposição sobre Maria de Lourdes Pintasilgo. Já tinha tentado ir na quinta-feira, mas devido a uma cerimónia de credenciação de embaixadores esteve encerrada. Quando a minha irmã, prima e eu saímos do Tesouro Real vimos a GNR a regressar.


A exposição desenvolve-se em 3 núcleos: a vida pessoal e politica nos pavilhões do jardim do Palácio de Belém e os testemunhos no Museu da Presidência.





Quando a exposição foi anunciada já tinha visto no You Tube as várias entrevistas. 







Toga e epítoga do doutoramento Honoris Causa da Universidade de Louvain-la-Neuve em 1990






Uma homenagem merecida.



sábado, 27 de agosto de 2022

Museu Calouste Gulbenkian

Na iniciativa Obra Visitante no Museu Gulbenkian, a primeira veio do Museo Thyssen-Bornemisza, em Madrid e foi realizada cerca de 1640 por Rembrandt van Rijn.

Rembrandt. Autorretrato com Boina e Duas Correntes

"A obra de Rembrandt (1606-1669), que ascende a mais de trezentas pinturas e cujo legado artístico permanece como um dos mais poderosos da arte ocidental, inclui cerca de quarenta autorretratos. Nesta categoria é possível identificar, desde o final da década de 1620 até ao ano da sua morte, numa produção muitas vezes intrigante, diversas subcategorias ou grupos de composições, nas quais o artista assume, deliberadamente, papéis distintos.
Rembrandt começou por se fazer representar, num primeiro momento, bastante fiel «à sua imagem», de forma deliberadamente convencional. Uma questão relevante para a compreensão dos autorretratos relaciona-se com o facto de o pintor, a partir de 1629, ter propositadamente manipulado a sua imagem num número significativo de autorretratos.
O recurso a adereços exóticos veio também a dar origem a uma categoria de figuração que oscilou entre o retrato à l’antique e o retrato «à oriental», nem sempre de fácil diferenciação. Entretanto, Rembrandt poucas vezes se apresentou de maneira formal, à moda da época, cabendo essa exceção a Autorretrato do Artista como Burguês (1632, The Burrell Collection, Glasgow)."

Luísa Sampaio
Conservadora de pintura, Museu Calouste Gulbenkian


Curiosamente no meu guia do museu, de 1996, este autorretrato de Rembrandt está referenciado com o número 331, no final, com a descrição das pinturas por sala (21), mas não aparece a sua fotografia.



O autorretrato convive lado a lado com as duas pinturas de Rembrandt compradas por Calouste Gulbenkian, Figura de Velho e Palas Atena, na sala dedicada à pintura holandesa.

Recebi a newsletter do museu ( https://gulbenkian.pt/newsletter/) e fiquei com vontade de ir visitá-lo. Não fiquei só pelo Rembrant...

O Museu Calouste Gulbenkian tem uma das maiores coleções privadas de arte do mundo.

Pratos e azulejos Iznik

Livro de Horas de 1526

Vittore Carpaccio. Sagrada Família e Doadores. Veneza 1505

Rubens. Retrato de Helena Fourment. 1630-32

Gainsborough. Retrato de Mrs.Lowndes-Stone.1775

Turner. Naufrágio de um Cargueiro. 1810

Monet. Natureza Morta. 1872

Mary Cassat. Cuidados Maternais. 1891

Degas. Autorretrato. 1863

Corot. Veneza.1834




Peças do ourives François-Thomas Germain








Lalique. A invenção da jóia moderna

Terminei a visita com um pequeno passeio pelos jardins da Fundação. Se está em casa sózinha e sente-se aborrecida, saia, vá ver coisas bonitas...

Gulbenkian, 27 agosto 2022



Museu Tesouro Real

Guarnição de corpete em diamantes e esmeraldas



Foram várias as propostas para terminar o Palácio da Ajuda, cuja primeira pedra foi lançada em 1795, no mesmo local onde tinha ardido a "Real Barraca", no ano anterior e que fora a solução rápida encontrada para alojar a família real em Lisboa, uma vez que o terramoto de 1755 destruiu o Paço da Ribeira.
Em 2014, é feito um anúncio público dando conta da intenção de expor permanentemente as jóias e pratas das antigas coleções reais, utilizando-se o valor do seguro de 4,4 milhões de euros resultantes da indeminização pelo roubo de seis jóias em 2002, numa exposição temporária em Haia.


Em 2016, um protocolo entre o Ministério da Cultura, a Direção Geral do Património Cultural, a Associação de Turismo de Lisboa e a Câmara Municipal de Lisboa, permitiu finalmente o avanço da obra, que se iniciou em 2018. O Museu do Tesouro Real abriu as suas portas em 2022 para apresentar em exposição permanente as coleções de joalharia e ourivesaria do Tesouro Real. 



Em 1991, o Palácio Nacional da Ajuda organizou a exposição "Tesouros Reais", onde foram mostradas algumas jóias da coroa.


Com um moderno sistema de segurança, o núcleo central da nova ala poente do Palácio Nacional da Ajuda tem uma caixa-forte com 40 metros de comprimento, dez de altura e dez de largura, três pisos e duas portas em aço, com cinco toneladas e 40 centímetros de espessura cada. Não surpreende depois das vicissitudes da História: o terramoto de 1755, que destruiu o Paço Real da Ribeira; o incêndio da Real Barraca em 1794; em 1912 foram leiloadas 400 jóias e pratas da rainha D. Maria Pia, depositadas no Banco de Portugal como garantia de empréstimos; em 1925, a viúva de D. Afonso, Nevada Hayes, herdou as jóias do seu marido e do Palácio da Ajuda seguiram para os EUA diversas peças que estão hoje dispersas em museus e coleções particulares.

Espero que não aconteça mais nenhuma desgraça com as jóias da coroa portuguesa e no futuro possamos adquirir peças dispersas que foram outrora propriedade do Tesouro Real.

A exposição é toda vista às escuras, tendo como iluminação focos sobre as próprias peças e no chão. Para quem não vê bem é um pouco dificil a adaptação à escuridão e ainda mais à luz intensa, quando chegamos ao fim.



As explicações iniciais lêem-se muito bem e ficam bem nas fotografias, sem reflexos.

Não gostei foi do tipo de expositores com umas ripinhas que não valorizam as peças. Teria preferido uns modelos simples em veludo escuro para as jóias sobressaírem.
A exposição tem diversos núcleos e acaba em grande com a apresentação da baixela Germain.

Pepita de ouro, que escapou às invasões napoleónicas

Manto Real usado na Aclamação de D. João VI
(seda, ouro, prata, vidro)

Pendente Cruz de Malta, que pertenceu a D. Maria Pia


A Rosa de Ouro era oferecida por Papas aos monarcas portugueses 

Coleção privada de D. Fernando II

A Baixela Germain encomendada por D. José I ao ourives François-Thomas Germain, conserva-se, quase na íntegra, no património nacional


Ajuda, 25 agosto 2022