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segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Granada, a pedra do mês de janeiro

 

As granadas ou granate são vermelhas como o rubi, mas bastante mais baratas. 



Em Praga, gosto de ver as montras com granadas, sobretudo da cidade de Brno.








As jóias antigas têm o seu encanto especial como este anel de granadas e pérolas.
Por vezes chamam-se às granadas «rubis do Cabo».




Procurei na net qual o significado da granada e o que mais encontrei foi o estimular a saúde e proteger a nossa força vital, melhorando a disposição... alguém compraria uma jóia se lhe dissessem que seria muito negativo usá-la? Há que ter paciência... embora haja quem acredite. Por exemplo, tenho uma familiar que não usa calcedónia azul, por ser portadora de energia negativa para ela, mas eu uso tudo...e não só no mês a que as pedras estão associadas, como as granadas e o mês de janeiro...

O Mosteiro de Melk

 

Lembram-se de Adson de Melk do romance O Nome da Rosa ?

Uma homenagem de Umberto Eco ao Mosteiro de Melk, fundado no século XI por monges Beneditinos.

No século XV, Melk esteve no centro da Reforma Monástica e de estudos aprofundados em cooperação com a Universidade de Viena, tornando a Abadia num centro cultural e intelectual de grande importância. Nesse contexto a sua biblioteca, com um rico espólio que contém cerca de 1800 manuscritos - o mais antigo o de Bede do século IX - assumiu também especial relevância.



O mosteiro é um enorme complexo, no cimo de uma encosta junto ao Danúbio. Fica a cerca de uma hora de carro de Viena e são muitas as excursões vindas da capital em autocarros. Nota-se logo à chegada as suas infraestruturas preparadas para receber os visitantes com um enorme parque de estacionamento, que dá acesso aos jardins através de uma bonita escadaria ou elevador. A loja é também impressionante com  livros e guias em diversas linguas (mas não em português), música e vinho (o mosteiro faz parte da Paisagem Cultural de Wachau, Património Mundial  conhecida pelos apreciadores de vinhos de qualidade).

Enviei um email a perguntar se seria possível agendar uma visita guiada em inglês e enviaram-me logo a resposta, que o melhor seria fazer logo a reserva. Quando cheguei havia 8 pessoas para a visita em inglês e outras tantas para a de espanhol.

Uma das primeiras coisas que o guia informou é que não eram permitidas fotografias no interior. Referi que na véspera tinha visitado o Mosteiro de S. Floriano e fora permitido fotografar sem flash. Disse-me que os mosteiros são dirigidos por entidades independentes e ali essa era a regra. Por isso só tenho fotografias do exterior.

O plano deste mosteiro, remodelado no século XVIII, é em tudo parecido com o que visitara na véspera. A entrada é pela escadaria imperial, que dá acesso a um longo corredor com objetos de arte, a visita ao salão de mármore, da mesma dimensão do anterior que fotografei em S. Floriano. (O de Melk tem uma enorme grade no chão por onde saía o calor).

Salão de mármore (foto da net)

O destaque da visita é a biblioteca e a bela igreja (fotos da net)


Quando visitámos a biblioteca não estava bem iluminada.


A igreja é belíssima. 








domingo, 29 de janeiro de 2023

Hallstatt

Hallstatt é uma pequena aldeia na Áustria perto da estrada nacional que liga Salzburg a Graz. É conhecida pela produção de sal, que data da pré-história, possuindo a mais antiga mina do mundo daquele produto ainda em funcionamento.


Até ao século XIX, as casas da aldeia só eram acessíveis por barco ou pequenos trilhos na montanha. A primeira estrada ao longo do lago só foi construída em 1890, altura em que começou o turismo. 





Os cisnes foram trazidos por volta de 1860, quando o Imperador Francisco José e a sua mulher Sisi começaram a visitar o local anualmente. A imperatriz e o seu primo Ludwig tinham uma obsessão por cisnes, o que levou a que ele chamasse ao seu castelo na Baviera, Neuschwanstein (novo castelo de pedra dos cisnes).


Embora o turismo tivesse começado cedo e a economia esteja dependente dos inúmeros turistas, que visitam a região durante todo o ano, depois de Hallstatt ter sido nomeada Património Mundial da Unesco, em 1997, os visitantes aumentaram muito e chegou a tornar-se um problema, pois as ruas estreitas não têm local de estacionamento.



À chegada  há 3 grandes parques de estacionamento e no nosso caso o hotel preveniu que nos devíamos dirigir ao P1, onde uma carrinha táxi nos iria buscar.








O hotel onde ficámos era muito simpático e à partida falámos com o dono sobre o desastre do meu jantar na véspera e o facto de um local tão turístico fechar as cozinhas tão cedo.

Afirmou ser um problema arranjar pessoal para trabalhar em Hallstatt. Realmente depois do passeio de cerca de 1km ao longo do lago e da oportunidade de tirar bonitas fotografias, não há muito mais coisas para fazer e não vejo muitos jovens a querer trabalhar em sítio tão isolado .





Encontrámos muita gente jovem e muitos orientais. A cidade é cara, tanto os hotéis como os restaurantes, parecendo ter apostado num turismo de qualidade, uma vez que não há falta de visitantes.



Depois de Bled, na Eslovénia, desenvolvi esta atração por lagos. Qual será o próximo?





Quando tinha tempo para praticar piano a minha filha tocava esta música muito bem...


sábado, 28 de janeiro de 2023

O Mosteiro de São Floriano na Áustria


Na preparação do passeio, deste fim de semana, encontrei referência a este mosteiro no caminho programado. Só o facto de ter visto a sua fantástica biblioteca foi o suficiente para considerar que a viagem valeu a pena, embora tenha sido a primeira paragem.

Escrevi na véspera um email para aquela abadia a perguntar se seria possível fazer uma visita, mas a resposta só chegou, quando ia a caminho. Disseram-me, já no local, que nesta altura do ano não há visitas guiadas a um pedido feito com tão pouca antecedência, mas que podia visitar a Basílica e um pátio interior. A minha cara deve ter mostrado o meu grande desapontamento e, ao regressar da cafetaria para comprar um livro, a senhora responsável disse-me que tinha boas notícias. Uma jovem podia acompanhar-nos na visita, mas não era guia, pelo que para sabermos alguns pormenores teríamos de alugar um audio-guia. Assim o fizemos para uma visita clássica ao mosteiro, da qual destaco a biblioteca barroca, o orgão de Bruckner na Basílica e o salão de mármore.

Lembrei-me, entretanto, do grande livro da Taschen com bonitas fotografias das mais belas bibliotecas do mundo, que tinha oferecido ao meu marido, quando foi editado em 2018; e realmente lá aparecem duas bibliotecas de mosteiros austríacos, que não visitei: a do Mosteiro de Admont, a maior biblioteca do mundo de uma abadia e a do de Kremsmünster, também na Áustria. Talvez a de  São Floriano não seja tão espetacular como estas duas últimas e por isso não figura naquele enorme e bonito volume. Todavia, fiquei muito impressionada, quer pela sua concepção,  beleza da sua sala principal de leitura e o grande espólio. Extraordinária realidade austríaca dispor destes grandes mosteiros com enormes e belas bibliotecas. Primeira conclusão óbvia: ao prepararem-se visitas, descobrem-se, às vezes, verdadeiras preciosidades.    


As bibliotecas de Admont e Kremsmünster (fotos da net)

No livro,  também são destacadas duas bibliotecas em Portugal:

A do convento de Mafra e a Joanina da Universidade de Coimbra (fotos da net)


O mosteiro fica na localidade de Sankt Florian, a caminho de Linz.

O Mosteiro batizado em homenagem a São Floriano, foi fundado  em 1071 por monges agostinianos. No século XVIII, foi reconstruído e é precisamente a sua arquitetura barroca que o torna tão especial.




A sala de mármore


O orgão de Bruckner, que foi  menino do coro e mais tarde organista na abadia

E deixámos Sankt Florian ao som do coro que já comemorou os seus 950 anos. Começou a nevar...tudo tão pacífico e bonito...